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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cobrar Dinheiro na Umbanda?


 
Por Quê Cobrar o Passe?

Ao que parece, há uma certa tolerância de alguns umbandistas para o assunto das cobranças pela caridade.

Existe uma corrente que justifica determinadas cobranças monetárias pelos serviços realizados nos terreiros de Umbanda ou em casas que assim se denominam. Não é de hoje que diversos "filhos de fé" praticam atos que não estão de acordo com o que foi anunciado há pouco mais cem anos como parte do ritual do "novo culto" que ora se instalava no solo brasileiro.

Em nome do que chamam de "pagamento pelo chão", ou "pagamento pelo jogo", ou algo semelhante, umbandistas de várias vertentes da religião disseminaram uma prática que já foi combatida por todos os antigos e grandes decanos do passado. Explicaram, baseados em uma conversa muito bem elaborada e verossímil, que o pagamento pelos seus serviços de auxílio ao próximo são legítimos e corretos. "Não há mal algum nisso", defendem-se.

A máxima que define a Umbanda: "manifestação do espírito para a caridade", já ficou sem sentido. Essas palavras não encontram eco nas esquinas ou fundos de quintal onde se encontram umas casinhas com placas que as identificam como terreiros de Umbanda.

Uma observação mais apurada revelará o esquema que ali ocorre sob a anuência dos próprios frequentadores do lugar.

Ali, debaixo do silêncio de algum Pai Preto ou Caboclo, a troca da caridade por qualquer valor material é realizada sem protextos ou rubor de faces. Afinal, alguém tem que pagar!

Naquelas casinhas observa-se o tão sincero e simpático paizinho de santo incorporado por seu mentor falando humilde e cheio de simplicidade. Mas, ao seu lado, em posição de guardião, aquele que vai estender a mão para solicitar o pagamento devido. E a entidade ainda dá um sorriso cordial e roga-lhe as bençãos dos céus.

Na outra casinha de Umbanda mais adiante, parecida até com uma tenda, um outro médium caracterizado de Oriental pelas roupas e adereços minuciosamente produzidos para tais momentos movimenta as mãos com diversas cartas coloridas e cheias de figuras simbólicas na frente de uma mulher desesperada. A mulher está com os nervos em frangalhos porque o marido que ela tanto ama está diferente e prestes a abandonar o lar. Ela quer saber se isto vai acontecer de fato, ou se é apenas paranóia de uma mulher neurótica.

O médium diz que precisa "ler" nas cartas, mas que para isto deve receber as moedas correspondentes. "Não vou conseguir ver o seu futuro se você não pagar pelo jogo", declara o médium. Isto não é caridade, explica. Ora, não é caridade o socorro que ele vai prestar àquela mulher desesperada, portanto a sorte está lançada. Azar o dela, se as cartas disserem que o fulano já está com outra... Mas, o dinheiro tem que estar na mão do jogador, antes que a verdade venha à tona.

Mais uma casa adiante e uma nova surpresa: lá está a mãezinha tão doce do terreiro de umbanda que se ergue num bairro próximo. Ali, na casa dela, território particular, domínio seu, a coisa muda. Lá no terreiro, tudo é de "grátis". Lá, quem manda é "cabocro", mas ali quem dá o preço é a "Mãe Maria da Consolação Anunciada do Rosário Nazareno d'Oxum". E como ela sabe jogar os búzios!

No terreiro ela não pode, mas na sua residência ou consultório particular, sim... pode! Ali, na casinha com plaquinha de Umbanda, a mãezinha sacoleja vários búzios e despeja-os sobre uma cestinha de palha.

Um olhar compenetrado... Uma expressão instigante... Um silêncio mortal... e a declaração oriunda do além.

Depois do jogo, tudo pago conforme reza a cartilha, um pequena receita que vai lhe custar uma grande quantia. Mas, não há nenhuma garantia de que tudo vai funcionar. Vai depender do merecimento, ou da fé, ou da Vontade de Zambi, ou do Carma, ou dos Irmãos Espirituais, ou do Exu, ou da Pomba Gira, ou da mente, etc, etc, etc.

Se alguma coisa der errado, não há problema, pois o "pagamento" já foi efetuado através do cartão de crédito ou em espécie. Cheque...?!, Nem pensar!!!

Será que tudo isto foi previsto há Cem Anos atrás?

O chicote do Mestre só serviu para os do Templo de Salomão?

Será que o pagamento pela Escravatura da Colônia está sendo cobrado hoje?

O que mais falta acontecer?!

Ah, sim... Falta pagar o passe!

O passe deixou de ser livre.


Reflitam!



Fonte: http://casadecaridadesantoantoniodepadua.blogspot.com/

Um comentário:

  1. O EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE NA SAGRADA LEI DE UMBANDA É UM COMPROMISSO ASSUMIDO NO PLANO DA ESPIRITUALIDADE ANTES DA GRAÇA DA NOSSA REENCARNAÇÃO. A UMBANDA VEM DO ALTO PARA BAIXO = HÁ UMA IDENTIDADE DE VIBRAÇÃO ENTRE O ESPÍRITO DO MÉDIUM E A ENTIDADE COMUNICANTE = AS COISAS DIVINAS NÃO SÃO PARA SEREM COMERCIALIZADAS = OS IRMÃOS QUE POR ESTE OU AQUELE MOTIVO COBRA O PASSE, A PALAVRA DO CABOCLO, DO PRETO VELHO E DO EXU ESTÃO ADQUIRINDO UMA DÍVIDA CÁRMICA QUE SE REFLETIRÁ APÓS A SUA DESENCARNAÇÃO - PEDRO MIRANDA - UNIÃO ESPIRITISTA DE UMBANDA DO BRASIL = UEUB = RIO DE JANEIRO RTJ

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Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.