Seguidores dos Guardiões e Guardiães de Umbanda

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Macumba - Você Sabe o que é?




Chuta que é macumba!

Mas cuidado para não quebrar o pé. Calma, que já explicaremos.

É que Macumba é uma árvore sagrada da África, onde os negros se reuniam para fazer suas orações e também para transmitir os conhecimentos através da oralidade.

Aliás, árvore muito parecida com a formosa Copaíba que temos aqui no Brasil.

Bom, agora que você já sabe isso, os que iam à Macumba eram os – adivinhe – macumbeiros. Isso mesmo. Poxa, e você utilizando esse termo sem saber.

Macumba também foi o nome dado aos primeiros instrumentos de percussão, muito parecidos com os atabaques de hoje. Eles eram confeccionados com a madeira da árvore sagrada e usados nos cultos em louvor aos Orixás.

O fato é que durante três séculos, milhões de africanos foram escravizados e trazidos para o território brasileiro por colonizadores europeus. A religião foi um fator fundamental para a preservação dos costumes africanos, e tornou-se símbolo da resistência de povos que foram massacrados ao longo da história do nosso país, mas que exerceram importante papel para a formação da identidade e da cultura brasileira.É por isso que se fala muito que o povo brasileiro tem um pezinho na senzala. Arriscaríamos dizer, que muitos têm também uma mãozinha no terreiro, pois a cultura religiosa afro-brasileira está enraizada em todo nosso país. Portanto, em nossa cidade, não é diferente. Poucos são os que nunca fizeram uso de uma fitinha vermelha contra mau-olhado, cruzaram os dedinhos para torcer por alguma coisa, ou nunca tiveram um vasinho de sete ervas em casa ou em seu estabelecimento comercial. Você pode não ter percebido, mas o salzinho grosso atrás da porta não tem nada a ver com herança de uma religião européia.

 Agora você já sabe o que é Macumba. Madeira nobre e resistente. Pode machucar o pé, portanto, é melhor não chutar. Mas, melhor mesmo, é quando não se chuta nada. Quando respeitamos as pessoas por suas atitudes, posturas, ideais, e, principalmente, por seus corações, porque Olorum, Deus, Jeová ou como queiram chamar o Criador, conhece é o nosso coração e o verdadeiro propósito de servi-lo.

Respeite – e não apenas tolere -, pois como disse Saramago: “Quando se tolera apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro."


Adaptado do texto de Ricardo Barreira - Babalorixá da Aldeia Tupiniquim, Coordenador de Projetos de Marketing e Campanhas Publicitárias, Colunista da Rede Bom Dia de Jornais.

 


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Exu Mirim





Na religião de Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada “de lado” dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.

Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando ao ponto de, em muitos lugares, duvidar - se muito da existência deles.

Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, “se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda”.

Não nos chega dentro da cultura dos Orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “Orixá Exu – Mirim”, assim como não nos chega a existência de um “Orixá Pombagira”. Apesar disso, sabemos da existência de um Trono responsável pela força e vigor na Criação (Exu/Mehor Yê), assim como existe uma divindade - trono responsável pelo estímulo em toda a Criação (Pombagira/Mahor Yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de Exu – Mirim. Seria o “Orixá Exu – Mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto Exu vitaliza os sete sentidos da vida e Pombagira estimula – os, Exu – Mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.

Dentro da Umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o Orixá – Mistério Exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos Orixás. Também assim fazemos com o mistério Exu – Mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho Exu – Mirim, formada por “espíritos encantados” ligados a essa divindade regente.
Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Não são espíritos humanos, pois nunca encarnaram, são “encantados” vivenciando realidades da vida muito diferentes da nossa.

Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras guardiões da casa.

Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.

Trazem nomes simbólicos análogos aos dos “Exus - adultos”, demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.

Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela bicolor vermelha/preta, etc.

Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças “negativas” que estejam atuando contra nós, “desocultando -as” e acabando com essas atuações.

A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.

Lembrem – se que a Umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação.

Para aqueles que sentirem-se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.

Laroyê Exu Mirim! Salve sua Força!




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Laroiê Exu. Exu é Mojuba!




Hoje vamos bater um papo rápido sobre os Exus, em sua linha de trabalho.

Algo que todos sabemos é o cumprimento típico para Exu: Laroiê Exu. Exu Modjuba (se lê Mojubá).

Aqui já vem a primeira dúvida: eu sei que devo cumprimentar Exu, Pomba-Gira e Exu Mirim desta forma, mas afinal de contas, o que quer dizer isso tudo?

Na verdade são termos em Yorubá e não temos como traduzi-los para o português em uma única palavra certeira. Então podemos traduzir desta forma:

Laroiê: olhe por mim, me guarde, me proteja, vamos trabalhar etc.

Já Modjubá quer dizer: você é grande ou eu me curvo a você.

E quem são essas entidades? São atrasados na escala evolutiva? Por que bebem e fumam quando estão incorporados nos médiuns?

Os Exus (e deste ponto em diante vou utilizar a palavra Exu para me referir a Exu, Pomba-Gira e Exu Mirim através de um único termo, apenas para evitar repetições) são guardiões, são trabalhadores da Luz nas trevas, pois eles são portadores de mistérios que os permitem entrar e sair nos níveis mais densos da negatividade, sem que sofram danos em seu corpo astral. Eles não são demônios como certas igrejas tentam rotulá-los. Tanto que Exu fala naturalmente sobre Jesus e Deus (embora isto deixe perplexas algumas pessoas), mas entenda que eles trabalham para a Luz e só podem estar trabalhando na Umbanda porque têm a permissão de Deus para tal.

Quando temos nossas quedas na escala evolutiva e somos absorvidos pelas trevas (tudo de acordo com nosso merecimento ou necessidade), são eles os responsáveis em nos preparar para voltarmos à evolução, nos preparar para reconhecermos nossos erros, falhas e vícios humanos – motivos de nossa queda astral, ou seja, em outras palavras, são eles os responsáveis no resgate e reequilíbrio mental de espíritos caídos.

Exu também já caiu em sua escala evolutiva e usa seus próprios erros e sofrimento para nos ajudar a não termos o mesmo destino que tiveram. Por isso eles são tão próximos a nós encarnados e tentam nos aconselhar e abrir nossos olhos, pois ninguém consegue evoluir sem conhecer o erro ou sofrimento na carne.

Exu lida diretamente com nosso ego, com a vaidade, com tudo aquilo que está de mais em nós. Ele não incita o mal ou a violência, ele não é a inversão do que é bom, mas sim desafiador nato de quem está com valores invertidos, pois isso precisa ser tratado em cada um de nós, se queremos ascender a mundos mais evoluídos, espiritualmente falando.

E se eu não oferendar a Exu? Ele me castigará mesmo? Irá atrapalhar os trabalhos de minha Casa?

De forma alguma. Se Exu é um Guardião da Luz, como ele iria se portar contra a Lei Maior, atrapalhando um trabalho que está sendo exercido por obreiros da Luz Maior?

É óbvio que Exu nunca faria isso. Mas para que Exu possa trabalhar em sua plenitude e guardar os trabalhos, nós precisamos ofertar elementos magísticos para que ele possa utilizar em nossa proteção. Aqui estamos falando da água, da farinha de mandioca, das frutas, da pinga, da vela etc (Dependendo da Doutrina da Casa). Todos estes itens têm sua importância magística e será utilizada por eles para a guarda dos trabalhos.

Então já deixamos outro mito de lado: o padê na Umbanda não é para “alimentar” Exu (dar de comer), mas sim ofertar a ele elementos que possam ser utilizados para a nossa proteção. Isto é sinal de respeito a Exu e uma demonstração que você não está de braços cruzados, esperando que ele faça tudo, mas sim está juntando suas forças às dele afim de um bem comum.


Exu age sempre e somente dentro dos limites da Lei Maior, ou seja, Exu não prejudica nenhum encarnado, a menos que a Lei o ordene e mesmo quando isto é feito, por pior que possa parecer, é algo que aquela pessoa precisa para se recuperar e voltar à evolução. “Exu não castiga um inocente, mas não perdoa um culpado” – trecho do livro O Guardião da Meia Noite, de Rubens Saraceni (Editora Madras).

Nas Giras de Falanges da Direita, é Exu quem protege e guarda a gira, faz a segurança astral contra negatividade, kiumbas e obsessores.

Quando incorporados em seus médiuns, Exu podem fazer uso de cerveja, pinga, whisky, charuto, cigarro, cigarrilha, espumante, entre tantos outros elementos. Não o fazem por uma necessidade espiritual, isto é óbvio, pois são mais evoluídos do que nós encarnados. Fazem com a intenção de manipular estes elementos de poder e magísticos (álcool e fumaça das ervas, por exemplo) para ajudar a quem estão atendendo, seja para quebra de energias negativas mais densas (descarrego) ou qualquer outra função específica em cada caso.

Aqui vale um alerta sobre as Pomba-Giras quando incorporadas em seus médiuns. Elas podem ser sensuais, mas nunca vulgares. Atenção!

Saravá às entidades que militam na corrente da Esquerda umbandista! Obrigado por toda proteção e amparo em nossa caminhada e em nossas Casas de Trabalho. Que vocês estejam sempre a nos proteger contra as investidas da negatividade e nos alertar quanto as nossas falhas.

Laroiê Exu. Exu Modjuba!

Fonte http://www.umbandaempalavras.com.br/
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.