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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Apologia à Ignorância na Umbanda


"...a Umbanda não é um grupo de pessoas ignorantes girando em torno de preceitos e ensinamentos vazios que não libertam, não religam ao Pai Celestial. A ignorância mantém os espíritos presos a preconceitos e materialidades que, mais cedo ou mais tarde, darão seus frutos de desilusões, desesperanças e dor”.

Caboclo Ventania de Aruanda

 
Não participo de mais nenhuma comunidade Umbandista ou Espírita nem no Orkut ou em outro local a não ser esta como também não tenho curiosidade de ficar visitando outras comunidades porém, volta meia , recebo via email trechos de várias comunidades ,sites, blogs e similares acompanhados de comentários ora divertidos, ora desanimados, ora irritados, ora assombrados. A mudança de humores das pessoas amigas que enviam variam de acordo com o tema . Este que comentarei foram vários, em dias diferentes, de locais diferentes acompanhados de todas as variações, de divertidos à estupefatos .

Óbvio que não citarei as fontes dos trechos pois vou comentar sobre fatos ; As origens e seus personagens são de importância insignificante e dar publicidade aos fatos não é o mesmo que dar notoriedade à locais e personagens que quanto menos aparecem , melhor. Também deixo claro que não fui citado (já que sou tão desconhecido para eles como eles são para mim) portanto comento de forma neutra e impessoal.

Corre “à larga” nestas muitas comunidades, sites e blogs uma campanha cujo cerne é a apologia à ignorância dos Umbandistas.

Auto proclamados PDS e MDS postam minimizando e até ridicularizando o estudo sério acerca do plano espiritual, da Umbanda, da mediunidade e todo e qualquer tema que seja ligado à área religiosa .

Iniciam sempre dizendo uma verdade incontestável que “ Umbanda se aprende nos Templos e junto aos Guias” para em seguida criticarem quem estuda as obras da Codificação, as obras pós Codificação (Leon Denis, Flamarion, etc) ,as obras de Chico e de quebra sobra até para Ramatís, Robson Pinheiro, Sarraceni e Matta e Silva. ( Não que eu ache que os últimos sejam a “fina flor do conhecimento válido” mas muitos que desejam estudar precisam começar de algum ponto. O tempo dá o discernimento).

Isto é chamado de sofisma: “argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa”

Seguem em tais criticas dizendo que quem estuda ,quem busca explicações lógicas e coerentes nas manifestações e nos Templos na realidade nada conhecem da Umbanda, que possuem muita teoria que presta para o “Kardecismo” que é “frio”(???) mas não sabem nada de prática. Geralmente finalizam mostrando a importância dos PDS e MDS os quais tem as respostas corretas para qualquer dúvida dos ‘filhos” pois aprenderam diretamente com seus “Guias”.

Tudo isto temperado com as benditas frases: 

1) A Espiritualidade tem muitos mistérios
2) Nada sabemos acerca da Espiritualidade
3) Ninguém é dono da verdade .
4) Quem escreveu livros é tão falho como qualquer um. (misturando aqui Kardec, Denis com Sarraceni e Mata e Silva)
5) Quem psicografa pode colocar muita coisa da cabeça.(misturando aqui Chico com Hercílio Maes e Robson)
6) Umbanda é totalmente diferente do “Kardecismo” (tirando o bendito Kardecismo, concordo plenamente)
7) A Espiritualidade da Umbanda é totalmente diferente do “Kardecismo” (aqui não salvou nada).

Além disto sobram adjetivações onde quem estuda acaba virando dono da verdade, presunçoso, intolerante ,prepotente, etc.

Afirmam que quem busca a Umbanda não quer saber de aprender nada, apenas ter seus problemas resolvidos ( triste ver que uma magnífica escola virou uma repartição pública na visão destes que devem pensar que Jesus quando passou pela Terra só tratou de resolver problemas dos outros).
Por fim geralmente terminam dizendo: “Estudo é bom sim maaaaasssssssssssss........”

É!!! Que ponto chega a esperteza e a tentativa desesperada para a manutenção do “status quo” de manter médiuns na ignorância para não perder o “brilho” do cargo,  para não ter afetadas suas conveniências pessoais e financeiras.

Na realidade médiuns na ignorância vão sempre “comer nas mãos” destes espertalhões pois sem um mínimo de conhecimento necessário e desmotivados à terem interesse buscar respostas em literaturas sérias jamais irão comparar as respostas destes marmoteiros e de seus supostos guias aceitando-as como verdadeiras e únicas.

Marmoteiros são assim, posam de saberetas e quando a pergunta aperta dizem que a resposta é mironga, de poderosos pois possuem “guias” que fazem e desfazem até o que Deus dúvida , se vestem como noiva em dia de casamento com quilos de colares no pescoço para quem entrar no local saberem perfeitamente quem manda porém cobram humildade e abandono da vaidade, falam de moral e caridade porque o discurso fica bonito, dá ares de iluminação e evita perguntas incomodas .

Embasam sempre suas respostas em experiências pessoais sem qualquer meio de comprovação à não ser a palavra deles mesmo; E como não poderia falta  ,a frase “ respeito à todas as formas de culto porque se estão aí é por vontade de Deus” (e tome saci, caipora, gnomo, ETC , pombagira arrepiada, exu caveira do forno crematório incorporando.  Boiadeiros descendo ao som de Chitãozinho e Xororo  , guias atendendo celular, etc. As drogas também estão aí, os assassinatos, a corrupção,  a prostituição infantil; Também é vontade de Deus e por achar assim devemos respeitar??)

Já diz o ditado: “ Quem sabe as letras reza a missa mal ou bem; Quem da missa não sabe o terço só resta dizer amém”.

Considero uma atitude criminosa desestimular,  diminuir a importância e mesmo ridicularizar o estudo,  a busca racional do conhecimento espiritual.

Duvido que algum destes marmoteiros iriam aconselhar ou mesmo dizer que não tem a mínima importância estudar para seus filhos de sangue. Sem estudo aqui na Terra as consequências podem ser bem ruins materialmente falando. Agora estudo espiritual vai atrapalhar seus interesses. E os médiuns??? Nem se preocupam porque a maioria destas pessoas na realidade não acreditam nem nelas.  Importante é o que podem conseguir de vantagens: trocar de carro, comprar uma casa.

Infelizmente a Umbanda virou meio de vida e/ou um meio de ser o centro das atenções para diminuir o complexo de inferioridade e a baixa estima para muitos.

Qualquer pessoa que queira se tornar um Umbandista de fato, honesto e comprometido com a Umbanda e a Espiritualidade tem a obrigação de estudar sim.

A coisa acaba funcionando mais ou menos assim:

- Estudando adquire bons argumentos(base sólida) e também surgem dúvidas

- Vai junto aos Guias e expõe as dúvidas. Tendo bons argumentos a conversa flui e vai longe.

- Em casa pensa e repensa as respostas recebidas.  Compara as respostas com o que está estudando.

- Analise se as respostas são lógicas. Observe se as respostas são coerentes com as obras literárias sérias e confiáveis, com as Leis Universais e Morais.

Isto é estudar, isto é pesquisar,  isto é aplicar um mínimo de metodologia científica, isto é ser racional, isto é buscar evoluir.

Ahhhh, mas o importante é fazer a caridade!!! É importante sim e já estamos carecas de saber disso. Não existe uma única bendita alma que esteja na Umbanda ou fora dela que não saiba disto ( salvo as mentes tacanhas em questões espirituais), portanto ficar batendo nesta tecla como desculpa para deixar os estudos em segundo plano é estar se fazendo de bobo e achar que esta fazendo de bobo os outros também. Na realidade mais se fala sobre caridade do que realmente se pratica.

Ahhhh, mas as pessoas querem é ter seus problemas resolvidos!!!! Verdade. Quem não quer?? Só que 90% dos problemas tem origem na ignorância espiritual que produz reflexos na vida material. Caridade está no ensinar a pescar, ou seja, esclarecer tais pessoas da real origem dos problemas e como evitar que ele retornem sem que necessariamente elas tenham que assumir o compromisso de freqüentar o Templo .

Ahhhh, mas a prática é tudo!!!!! Mas a prática é de quem, do médium ou do Guia? Quem é  que vai aconselhar, quem vai resolver o que tenha e possa ser resolvido, o médium ou o Guia? A prática nossa é fora dos Templos dando bons exemplo, falando o mínimo de asneiras e aí sim, praticando a caridade da melhor forma que puder e não dentro do Templo onde quem pratica a caridade é o Guia e muitos sobem na caixinha de fósforos, estufa o peito e diz: “Fui (ou vou) ao Templo prestar a caridade”.

Coitado do Guia! Rala décadas e décadas estudando, se preparando para poder incorporar e auxiliar quem pode (e merece) e justo seu médium sobe nas suas costas, se joga confetes e arrota “poder” sendo que na realidade não sabe nem o be-a-ba espiritual porque ou é um relapso , ou um aproveitador ou pessoa que(até de bom coração mas crente) resolveu seguir os conselhos de marmotas dando à eles o seu pescoço para estes colocarem a canga.

Nos Templos Umbandistas de fato, sérios e honestos, os Guias de A a Z , de Caboclos a Exus enaltecem o valor dos estudos, aconselham e induzem médiuns e consulentes ao hábito sadio da leitura edificante não impondo barreiras seletivas mas sempre com uso de lógica, coerência e discernimento.

Estão sempre solícitos à responder nossas perguntas e jamais se aborrecem por isso (mesmo que as perguntas girem em torno da infantilidade do tipo “sonhei com isso, o que é”)


Instruir é a maior missão dos verdadeiros Guias da Umbanda, resolver problemas é apenas uma das muitas conseqüências de sua missão. Enquanto nós temos uma visão da caridade que tende para o assistencialismo, a visão dos verdadeiros Guias da Umbanda tendem para a misericórdia, compaixão e solidariedade.


Falemos um sonoro NÃO a esta apologia à ignorância acêrca da Espiritualidade.

Luz e Paz

Anjo Ariano


Fonte: Boletim Eletrônico Doutrinário do T. E. do Cruzeiro da Luz - Ano 2011 – 218


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“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.