Seguidores dos Guardiões e Guardiães de Umbanda

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Céu e o Inferno estão no mesmo Lugar



Apesar de renegada pela maioria dos novos cristãos, principalmente os espíritas e espiritualistas, a Bíblia Sagrada é o livro mais importante para qualquer ser humanizado que siga os ensinamentos de Cristo, pois o próprio mestre disse:

Não pensem que eu vim acabar com a Lei de Moisés e os ensinamentos dos profetas. Não vim acabar com eles e sim dar o verdadeiro sentido deles. (Mateus – Capítulo 05 – Versículo 7)

Ao longo de toda a sua pregação Cristo não só seguiu o que ensinaram os profetas do antigo testamento como afirmou que muita coisa do que vivia era necessário acontecer para que o que estava profetizado acontecesse. Se ele submeteu-se a estas leis, se ele acreditou no que foi ensinado antes, porque os novos cristãos não a seguem? Não saberia explicar...

Acho que isso acontece porque muitos destes novos cristãos não entendem a Bíblia, não a conhecem direito. Por este motivo vou tentar jogar um pouco de luz sobre o que está neste livro sagrado.

A Bíblia começa com a parábola de Adão e Eva. Este casal simboliza os primeiros espíritos criados por Deus no Universo. Eles viviam no paraíso, ou seja, no plano espiritual superior, onde tinham tudo o que precisavam para a sua existência. Lá eles podiam transitar livremente e alimentar-se de todas as coisas, com exceção de um fruto, aquele que nascia da árvore que ficava no meio do paraíso: o fruto da árvore do conhecimento...

Qual o fruto da árvore do conhecimento? O saber... Sempre que um ser acredita naquilo que toma conhecimento (alimenta-se do fruto desta árvore) imagina saber alguma coisa. Portanto, o saber é o fruto que os espíritos que vivem no plano superior não podem usar para alimentar-se.

Mas, a que saber estou me referindo? Para explicar com a palavra a cobra, ‘que era o animal mais esperto que o Deus Eterno havia feito’.

Deus disse isso porque sabe que, quando vocês comerem a fruta dessa árvore, os seus olhos se abrirão e vocês serão como Ele, conhecendo o bem e o mal. (Gênesis – Capítulo 03 – Versículo 05).

É este saber que estou me referindo: o saber distinguir o bem do mal, o certo do errado, o bonito do feio. Quando o ser humanizado acredita poder distinguir o que é certo do que é errado, o que é bom do que é mal, simbolicamente se transforma naquele que come a maçã, ou seja, comete o pecado original.

Sendo isso verdade e estando os espíritos num mundo de provação, podemos, então, compreender que esta prova se refere a ter o saber ou abrir mão dele. Para que o espírito execute a sua prova, então, é preciso que até hoje a cobra esteja presente neste mundo oferecendo a cada momento o fruto proibido (os códigos que determinam o que é certo ou errado, bom ou mal) para que o ser universal possa fazer a sua opção: fechar seus olhos (deixar de ter certeza do que é bonito ou feio). Sendo assim, a cobra de hoje são as próprias doutrinas religiosas, os códigos morais, de ética ou comportamental que servem como guia para os seres humanizados distinguirem o bom do mal, o certo do errado. Libertar-se deles, ou seja, não utilizá-los para julgar o mundo, é, portanto, o objetivo da encarnação no mundo de provas e expiações.

Mas, isso não deve ser feito com o objetivo de ganhar qualquer coisa, inclusive a elevação espiritual, a volta ao paraíso. O ser que busca se libertar destes códigos deve fazê-lo pelo reconhecimento de que não é igual a Deus, ou seja, não possui o mesmo poder de compreensão das coisas universais que Ele possui e não para ganhar qualquer coisa.

Aí está a provação do espírito e como ela pode ser vencida: reconhecer que os códigos de leis que regem a convivência humana são apenas fruto da árvore proibida e libertar-se de se alimentar deles através da aceitação de que apenas Deus tem o poder de conhecer o bem e o mal. Quando age assim o ser universal demonstra que reconhece no Pai a ascensão moral que Ele possui.

Aqueles que executam este trabalho vão para o Reino do Céu, ou seja, retornam ao paraíso, enquanto que aqueles que não fazem isso permanecem no reino onde se nasce e morre. Este lugar é o próprio planeta onde estão encarnados.

Na Bíblia encontramos a referência ao castigo àquele que continua comendo a maçã, ou seja, continua sabendo distinguir o bem do mal: eles vão para o inferno. Ora, este castigo é permanecer encarnado, isso quer dizer que o planeta onde os espíritos cumprem a pena por saber é aquele em estão encarnando. No caso dos terráqueos, a Terra...

Sim, a Terra para os seres universais que estão no processo de encarnação para provas e expiações é o próprio inferno... Nenhum espírito que continuar praticando o pecado original durante a sua encarnação irá para o inferno ou umbral como os espíritas chama o inferno, quando desencarnarem: apenas continuarão presos ao orbe terrestre.

O umbral ou inferno não está no céu ou abaixo dele, mas no próprio orbe terrestre. E aquele que persistir em atender a tentação da cobra continuará preso aqui.

É para ajudar na luta do espírito para realizar suas provações durante as suas encarnações que a Bíblia Sagrada, tanto o novo quanto o velho testamento, foi escrita. Ela contém ensinamentos que se transformam em caminho para aqueles que querem deixar de se alimentar do fruto proibido: o saber distinguir entre o bem e o mal. A cada trecho, seja ele ditado pelos profetas, apóstolos ou pelo próprio Cristo, a Bíblia traça um caminho que se seguido levará o ser universal a retornar ao paraíso.

Mas, como é descrito na Bíblia o céu, o paraíso, o lugar onde aqueles que conseguirem se libertar da tentação da cobra? Como a Nova Jerusalém.

Se o livro Gênesis mostra o início de tudo e as páginas internas mostram o caminho a ser seguido, o Apocalipse, o último livro da Bíblia, faz um resumo dos acontecimentos do mundo de provas e expiações no planeta Terra e termina falando do lugar onde viverão os espíritos se percorrerem todos os ensinamentos bíblicos.

Vamos conhecer um pouco da Nova Jerusalém ou o Reino do Céu como mostrado a João pelos anjos.

Um dos sete anjos que tinham as sete taças das últimas sete pragas veio e me disse:

- Venha e eu lhe mostrarei a Noiva, a Esposa do Cordeiro.
Então o Espírito de Deus me dominou e o anjo me levou para uma montanha muito alta. Ele me mostrou Jerusalém, a Cidade Santa, que descia do céu e vinha de Deus, brilhando com a glória Dele. (Apocalipse – Capítulo 21 – Versículo 09 a 11).

A figura da Nova Jerusalém acontece no final da Bíblia Sagrada. Ele é descrita como o lugar onde conseguirão chegar àqueles que seguirem os ensinamentos dos mestres, apóstolos e profetas. Aqueles que por reconhecimento da ascensão moral do Senhor desistem de querer ser, estar ou fazer qualquer coisa baseado no seu saber.

Mas, qual a característica deste lugar é descrita na Bíblia?

Não vi nenhum templo na cidade, pois o seu Templo é o Senhor, o Deus Todo Poderoso e o Cordeiro. (Apocalipse – Capítulo 21 – Versículo 22).

Eis aí a primeira característica da Nova Jerusalém. Ela não precisa de intermediários entre os seres universais e Deus, pois o templo do paraíso é o próprio Deus. Mais uma vez voltamos à questão do reconhecimento da ascensão moral de Deus que leva à desistência de ter os olhos abertos e com isso saber distinguir entre o bem e o mal.

No mundo espiritual os espíritos não aceitam ser dirigidos por nenhum outro ser, a não ser o próprio Deus. Dirigido no sentido de dizer o que é certo ou errado. Tanto faz se estes sejam leigos ou religiosos: os espíritos aceitam apenas aquilo que Deus diz e faz. Eles submetem-se àquilo que Deus dá, sem concordar ou discordar com o que o Senhor faz fundamentados em códigos de regras traçados por outros seres humanizados.

A cidade não precisa de sol nem de lua para a iluminarem, pois a glória de Deus brilha sobre ela e o Cordeiro é a sua própria luz. (Apocalipse – Capítulo 21 – Versículo 23).

Mais uma vez a compreensão de João, aquele que escreveu o Apocalipse, nos leva a entender que não há nada artificial na existência daqueles que conseguirem chegar ao fim da Bíblia, ou seja, ao final do seu processo de provas e expiações: tudo se origina em Deus. Viver a partir de Deus, ou seja, viver dando ao Pai o primeiro lugar em tudo: este é o destino daquele que consegue trilhar os caminhos deixados pelos apóstolos, profetas e por Cristo.

Para alcançá-lo é preciso seguir o que João diz que é feito por aqueles que vivem na Nova Jerusalém:

Os povos do mundo andarão na sua luz e os reis da terra vão lhe trazer as suas riquezas. (Apocalipse – Capítulo 21 – Versículo 24).

Para se viver na Nova Jerusalém é preciso que o ser universal ao longo de suas encarnações leve a Deus toda a sua riqueza. Que riqueza maior pode possuir um ser do que aquilo que ele crê? Todos os seus bens materiais podem ser tomados ou se deterioram com o passar do tempo, mas aquilo que cada um acredita jamais pode ser roubado ou tomado. Por isso é a maior riqueza que um ser possui...

Doe todo o seu saber a Deus, ou seja, entregue para Ele toda a sabedoria que pode haver e com isso você poderá viver na Nova Jerusalém.

O trono de Deus estará na cidade e os seus servos o adorarão. Eles verão o seu rosto e o nome Dele será escrito nas suas testas. Ali não haverá mais noite e não precisarão mais de lamparinas nem da luz do sol porque o Senhor Deus será a luz deles e eles reinarão para sempre. (Apocalipse – Capítulo 22 – versículo 03 a 05).

Portanto, quem se liberta de todo o seu saber não possui mais critérios para julgar o próximo. Com isso fecha os seus olhos, ou seja, não percebe mais nada de bom ou mal, certo ou errado, e devolve o poder exclusivo de Deus a Ele. Com isso entra na Nova Jerusalém, ou seja, vai para o paraíso.

Mas, onde é que se localiza a Nova Jerusalém? Relembremos o que o anjo mostrou a João: “Ele me mostrou Jerusalém, a Cidade Santa, que descia do céu e vinha de Deus”... A Nova Jerusalém descia do céu sobre a própria Terra. Ou seja, o paraíso é aqui mesmo...

Foi isso que Cristo ensinou através do Evangelho de Tomé:

“003. Jesus disse: Se aqueles que vos guiam vos disserem: vê, o Reino está no céu, então os pássaros vos precederão. Se vos disserem: ele está no mar, então os peixes vos precederão. Mas o reino está dentro de vós e está fora de vós. Se vos reconhecerdes, então sereis reconhecidos e sabereis que sois filhos do Pai Vivo. Mas se vos não reconhecerdes, então estareis na pobreza, sereis a pobreza.”

O Reino de Deus está dentro de cada um. A Nova Jerusalém precisa ser construída dentro de cada um através da doação do bem de maior valor que cada um possui: as suas verdades, os códigos que usa para julgar o próximo.

Assim como o inferno é aqui, o paraíso também é aqui. Inferno e paraíso não são lugares para onde o espírito irá depois das encarnações, mas um elemento do interior de cada um: estados de espírito, uma forma como se vivencia a vida carnal. Aquele que tem seus olhos abertos e se julga capaz de distinguir o bem do mal vive o inferno; aquele que coloca Deus antes de todas as coisas entregando, assim, o poder de julgar a Ele, vive o céu.

O paraíso é aqui, mas ele só será achado quando vocês entregarem o comando a Deus. Enquanto estiverem comendo o fruto da árvore proibida, ou seja, acharem que possuem o poder de ser o deus (aquele que pode julgar o bem e o mal das coisas) da sua e da vida dos outros, viverão o inferno.

Aqui pode ser o céu e o inferno: depende apenas de como cada um vivencia a sua existência carnal.

Vivam EM Deus, POR Deus e PARA Deus.


Fonte: http://espiritualismoespiritualista.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.