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quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia de Pombo Gira - Dia Internacional da Mulher - Dia 8 de Março


Hoje é o dia de nossas e de tantas outras mulheres! Vamos fazer uma pequena homenagem a elas através de nossas queridas Pombo Giras, que afinal são maravilhosas e que transmitem facilmente essa bela missão do que é ser mulher!


Dia de Pombo Gira.
Estava imerso nos meus trabalhos quando senti a proximidade de um dos Guias, ou melhor, de uma das Guias. Parei para perceber melhor e escutei:

- Boa noite, moço.

- Boa noite, minha senhora. Tudo bem? Posso ser útil em alguma coisa?

- Comigo está sempre tudo bem, moço. (gargalhada) Obrigada pela sua gentileza.

- Não tem de quê, minha mãe à minha esquerda.

- Sabe, moço, agradeço seu carinho e o seu respeito, não são todos que o têm, mas estou longe de ter um filho barbado. (gargalhada).

- Entendo, minha senhora…

- Mas tudo bem, meu filho. (gargalhada escrachada) Sabe moço, estava vendo a movimentação e sei que haverá trabalhos na minha banda. Fico contente por isso, mas não consigo entender uma coisa.

- O quê, minha mãe? – ri-me, já pressentindo o que vinha.

- (risos) Porque é que vocês só reverenciam a festa de Exu?

- De jeito nenhum, minha mãe, a festa sempre é também para a senhora.

- Não é isso que estou dizendo, moço.

- E o que é então?

- Sabe moço, estamos à frente e na frente de muitas coisas. Aliás, Pomba-gira é assim mesmo, prá frente. (gargalhada) 

- Isso eu sei… (risos), mas não entendo onde a senhora quer chegar.

- Olha, moço, vocês passaram por grandes mudanças e avanços sociais nos últimos tempos, não?

- Não…vou dizer que ainda estamos passando, mas claro que muita coisa mudou.

- E vão mudar mais ainda! (gargalhada) Bom, moço, sei que não tenho muito tempo e queria falar-lhe uma coisa.

- Pode dizer, minha mãe.

- Apesar de atuarmos junto com os nossos companheiros Exus, nós não somos nada parecidas com eles. Assim, não têm por que criar um dia para Exu e reverenciar-nos também.

- Onde a senhora que chegar?

- Antes, na vossa ignorância, muitos nos chamavam de Exu mulher, mas hoje isso passou, pelo menos para muitos, mas outros ainda possuem estes conceitos ou piores (gargalhada escrachada).

- Sim?

- Então, como muitos já sabem disso, e como também sabem o muito que fizemos por vocês e pela Umbanda, você não acha que está na hora de criar um dia só para nós? (gargalhada).

- Acho que sim, minha mãe. Por mim pode até ser hoje.

- (gargalhada escrachada) Você acha moço, que Pomba Gira se contenta com qualquer coisa? (gargalhada escrachada)

- Sei que não (risos), mas, mais uma vez, não entendi onde a senhora quer chegar.

- Olha moço, quando vocês comemoram um dia para os Orixás, normalmente ele tem a ver com o sincretismo religioso que vocês fazem, certo?

- Certo, mas infelizmente não conheço nenhum sincretismo religioso para a senhora.

- (gargalhada) É porque de santa nós não temos nada! (gargalhada escrachada) Mas se tivéssemos, qual seria esse sincretismo?

- Sei lá, minha mãe. Maria Madalena, talvez (risos).

- É, podia ser engraçado… Mas essa história de mulher da vida continuaria nos perseguindo, ou não foi por isso que você pensou nela?

- Tenho que confessar que foi. Peço desculpas.

- Não tem que se desculpar não, moço, se a gente ligasse para isso, já teríamos reclamado.

- Mas então com que santa sincretizamos a senhora, já que de santa a senhora não tem nada? (risos)

- Engraçado você, não, moço? (gargalhada)

- Mas uma vez desculpe, mas não posso deixar de me lembrar do que as senhoras representam na cabeça de muita gente.

- Isso é falta de informação ou ignorância mesmo, sabe moço?

- Sei.

- Mas que influenciamos algumas mudanças na mulherada, pode ter a certeza.

- Acredito. Afinal vocês representam o arquétipo do prazer, a sensualidade e a sexualidade feminina e a “mulherada” “tá” fogo (risos).

- Você falou bem, moço, feminino, não da mulher. Claro que somos mais femininas que vocês, mas vocês também possuem um lado feminino, não?

- Claro que temos, minha mãe, assim como vocês têm um lado masculino.

- Esse não serve para nada. (gargalhada) Mas esse lado que muitos de vocês (homens e mulheres) não usam, deveriam usar mais, sabe?

- Sei não, minha mãe. Pode-me contar?

- Não se faça de inocente, moço. Eu sei que você sabe, mas você quer ver o que eu tenho para dizer e o que tiver que dizer eu digo moço. Acontece que é através desse lado que vocês tanto realizam como se realizam nas coisas, pois é nele que vocês encontram o prazer de fazer, de viver, de ser…

- Sei…

- Mas esse lado, moço, só se desenvolve com leveza, com soltura, com sensibilidade e isso até mesmo muitas mulheres estão a esquecer-se.

- Acredito que sim, minha mãe.

- Mas, voltando ao assunto que você desviou, nós não nos contentamos com qualquer coisa e nem com qualquer dia.

- Tudo bem, minha mãe, mas que dia a senhora quer para que possamos homenageá-las?

- Sabe, moço, se nós não tivéssemos dado corda àquela mulherada toda, muita coisa não teria mudado.

Entendendo onde ela queria chegar, perguntei:

- As senhoras ou o mistério?

- Isso não importa, pois é através dele que me manifesto, certo?

- Certo, minha mãe.

- Mas voltando onde você me interrompeu, se nós, ou como você disse, o nosso mistério não tivesse incitado toda essa revolução feminina, as mulheres não teriam conquistado um dia só para elas, sabe?

- Não, mas acho que estou a começar a perceber…

- Pois é, moço, tem sincretismo ou arquétipo melhor para nós do que simplesmente a mulher, sem ser santa ou outra coisa qualquer? Simplesmente mulher.

- Acho que não.

- Então concordamos, já que de santa eu não tenho nada, mas de mulher tenho muito… (gargalhada)

- Concordo, minha mãe… (risos) Agora entendi, minha mãe. A senhora quer que louvemos o seu dia no Dia Internacional da Mulher, não é isso?

- Pense moço, na revolução que isso seria. Homens homenageando suas mães, esposas, filhas, irmãs e… nós. (gargalhada escrachada)

- Acho interessante, minha mãe, mas acredito que muitos não vão gostar dessa idéia.

- Tudo bem, moço. Muitos já não gostam da gente mesmo. (gargalhada)

- Tudo bem, minha mãe. Na minha casa vou reverenciar esse dia como dia das Pomba Giras. Está bom para a senhora?

- Está não, moço. Por que só na sua casa se isso pode ser em toda casa de Umbanda? Como eu disse, nós não nos contentamos com pouca coisa! (gargalhada) 

Ri-me, mas já meio preocupado.

- Certo, minha mãe, mas o que a senhora quer que eu faça?

- Espalhe isso. Tenho a certeza que alguns vão gostar e aderir, outros vão achar você um palhaço, mas faz parte. Se nós não agradamos a todo mundo, você também não irá agradar quando relatar para os outros o que eu lhe estou pedindo.

- Certo, minha mãe, mas a senhora agüenta a bronca desse lado aí, “tá”?

- (Gargalhada) Pode deixar moço… se você fizer direitinho, não há problema. (gargalhada) Mas agora que já disse o que eu queria moço, eu vou embora e o resto é com você.

- Até à próxima, minha mãe. A senhora quer que eu ponha o seu nome no seu pedido?

- Ponha só Maria, pois não há nome que defina melhor o que é ser mulher que Maria, não acha?

Assim a moça desapareceu gargalhando...

E aqui escrevo essa nossa pequena conversa, instituindo no nosso Templo o dia 8 de Março como o dia dedicado a Pomba Gira. Um dia a mais dedicado a um Orixá como tantos outros que dedicamos na nossa Umbanda.

Saravá a todas as Marias!

Salve as moças!

Laroyê Pomba Gira!

Parabéns a todas as Mulheres desse Universo! Saravá!


Fonte: http://lendasdearuanda.com/

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Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.