Vamos por parte, pois é fácil entender, o dificil é se fazer compreender. Os Exus e as Pombas Giras são espíritos que, como nós, buscam a evolução, a elevação, empenhando-se o mais que podem para aplicarem as diretrizes traçadas pelo Mestre Jesus na Umbanda. "Ninguém se iluda, pois Deus não se deixa escarnecer; aquilo que o homem semear isso mesmo terá de colher". Apóstolo Paulo.
Seguidores dos Guardiões e Guardiães de Umbanda
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quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Exu (O Guardião)
Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis
magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior. Não tem nada a
ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, vermelhos, com
chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela
ordem no ambiente. São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte
e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio.
Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua
rigidez e disciplina. Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois
vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades
perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral,
que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso,
e personalidade forte que se impõem. Essa é a atividade dos guardiões.
Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos
vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São
respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos
no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por
várias e várias encarnações. Muitos do próprio culto confundem os Exus com
outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros
descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é Lei Maior, e esses espíritos, com aspectos mais
bizarros que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de
entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida,
verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos subplanos
astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo
a propósitos menos dignos.
Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus
propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus
consulentes, exigindo "trabalhos", matanças de animais e outras
formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os
quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinquentes, à
semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como
irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a
decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que
aguardamos neste milênio.
Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a
sua verdadeira situação. Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em
muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de
todas as espécies, vinganças e pequenos "trabalhos", que realizam em
conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa
mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o
nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o
serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os
atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São
bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados
para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos
subplanos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina,
formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança,
evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem,
o caos, o mal. Têm experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas
são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas,
os marginais do mundo astral. NÃO EXIGEM NEM ACEITAM "TRABALHOS",
DESPACHOS OU OUTRAS COISAS RIDÍCULAS das quais médiuns irresponsáveis,
dirigentes e pais de santo ignorantes se utilizam para obter o dinheiro de
muitos incautos que lhes cruzam os caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de
magia negra. NADA TEM A VER COM A UMBANDA!"
Por Robson Pinheiro
Fonte: Livro TAMBORES DE ANGOLA
segunda-feira, 26 de março de 2012
Prece de Aceitação
Se eu
pudesse, Jesus,
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo...
Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.
Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
A fim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!...
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo...
Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.
Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
A fim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!...
Se pudesse, Senhor, conversaria com todas as crianças
Para dizer que não te cansas de criar alegria...
E seria feliz ao converter-me em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos, porque segues conosco, lado a lado...
Se dispusesse de recursos, queria ser a vela pequenina,
Acesa no clarão do sol que levas,
De modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo sem razão, da bondade Divina...
Entretanto, Senhor, sei das deficiências que carrego...
Venho a ti como estou, por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou...
Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro, paz e luz,
Toma-me o coração e, perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja e ensina-me Senhor,
Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.
Para dizer que não te cansas de criar alegria...
E seria feliz ao converter-me em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos, porque segues conosco, lado a lado...
Se dispusesse de recursos, queria ser a vela pequenina,
Acesa no clarão do sol que levas,
De modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo sem razão, da bondade Divina...
Entretanto, Senhor, sei das deficiências que carrego...
Venho a ti como estou, por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou...
Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro, paz e luz,
Toma-me o coração e, perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja e ensina-me Senhor,
Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.
Maria
Dolores
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
quinta-feira, 22 de março de 2012
Mensagem de um Tranca Ruas das Almas - Novos Argumentos Para um Velho Tema
Quando
passamos a conhecer a verdadeira história da Umbanda, entendemos a relação que
existe entre ela e os demais cultos afro-brasileiros e também entre ela e os
rituais que, no começo do Século XX, ficaram conhecidos como “macumbas” devido
às práticas de “magia negra” a que se dedicavam.
O
conhecimento da verdade histórica nos mostra que, a contrário senso do que
sempre se acreditou, a Umbanda não nasceu das ditas crenças, mas em oposição a
elas. Nasceu com o objetivo de impedir a proliferação das crenças primitivas
que pregavam e praticavam atos de baixa “magia”.
Seu
direcionamento inicial, orientado para as camadas mais populares, levou à
errônea interpretação de que Umbanda seria uma síntese de toda aquela cultura
mística, o que acabou por favorecer a equivocada incorporação de práticas que
são totalmente estranhas à natureza e aos objetivos da Umbanda
O
fato de os mentores umbandistas adotarem elementos materiais como o tabaco, o
álcool, a pólvora, entre outros (todos com fundamentação científica) nos
trabalhos de atendimento permitiu que se levasse a cabo o insidioso raciocínio
de que “o que não é proibido é permitido” e, sob essa égide, durante um século
inteiro, vimos parte dos umbandistas assimilando e praticando ostensivamente as
mais desbaratadas pantomimas e tachando tudo aquilo de prática umbandista. Isso
nos valeu ao longo do tempo, o desprezo e o preconceito da sociedade em geral,
ao contrário do que acontece com o espiritismo que conquistou respeito pela
sobriedade de suas práticas.
Não
queremos e não vamos dizer que deva existir para a Umbanda uma preocupação com
o referendo e o respeito da sociedade, da mesma forma que não vamos jamais
defender que a Umbanda deva seguir os mesmos moldes do Espiritismo Kardecista.
A sociedade em geral é movida por hipocrisia e sabemos que muitos daqueles que
no discurso social criticam e ridicularizam a Umbanda, em segredo buscam a
ajuda bendita de Pretos Velhos e Caboclos. O Espiritismo, por sua vez é uma
religião séria, autêntica, que tem sua razão de existir, tanto quanto a Umbanda
o tem. Não nos confundimos com o Espiritismo, embora o respeitemos
profundamente e tenhamos os kardecistas na conta de companheiros de jornada.
O
que queremos dizer é que já soou a hora de os umbandistas despertarem para a
necessidade de a Umbanda ter um encontro com sua verdadeira identidade.
Já
passamos da hora de acabar com esse discurso de que Umbanda é uma religião mágica. Até quando as pessoas
irão acreditar em magia? Será que depois de todos os avanços, de todo o
progresso que a humanidade já experimentou tantos ainda continuarão a insistir
em viver na Idade Média?
É-nos
difícil entender o que leva pessoas adultas a acreditarem em velhas e
estagnadas fórmulas sacramentais, em feitiços e superstições, que mantêm as
consciências dos umbandistas num estágio de atraso e de primitivismo.
Está
passando da hora de os umbandistas perceberem que galinha com farofa fica muito
bem no almoço de domingo (desde que a galinha esteja cozida ou assada, é
claro), mas que nas encruzilhadas urbanas representam um espetáculo patético e
deprimente, simbolizando paralisia intelectual e moral e alimentando desprezo e
preconceito.
Até
quando tantos irão acreditar que os Exus, os legítimos Exus – guardiões
dedicados de nossos templos, verdadeiros guardiões de tantos de nós – se
comportam realmente como seres amorais, dispostos indistintamente a praticar o
bem ou o mal, de acordo com a boa paga que lhes seja dada? Ou que eles
realmente necessitem de elementos grosseiros oferecidos por nós, a fim de que
tenham condições de bem realizar o trabalho que lhes é confiado por Deus?
Até
quando se acreditará que nossos Caboclos – espíritos que já nos superaram há
muito em evolução espiritual – realmente se comprazam em “descer” nos terreiros
usando ridículas fantasias (cocares, saiotes, tornozeleiras de penas), além de
arcos e flechas de brinquedo, num espetáculo cômico que mais se assemelha a uma
escola de samba de cidade pequena?
Por
quanto tempo nossos queridos e sábios Pretos-Velhos ainda serão tidos na conta
de feiticeiros primitivos, praticando curandeirismo místico barato e ensinando
a confecção de patuás para solucionar magicamente situações mesquinhas do
dia-a-dia que podem e devem ser solucionadas com trabalho, inteligência e
coragem por nós mesmos em nossa senda de aprendizado e progresso?
Até
quando assistiremos a dantescas manifestações de animismo mal disciplinado
atribuindo às iluminadas entidades que se manifestam na roupagem de criança
(arquétipo da pureza), comportamentos de comédia pastelão, lambuzando médiuns e
assistência com guloseimas baratas esfregadas na pele, nos cabelos e nas
roupas, criando um clima de constrangimento gosmento onde deveria reinar
atmosfera de paz e esperança? Existe pureza dissociada de disciplina? Os que
assim agem realmente acreditam que espíritos superiores se comportem dessa
maneira?
Será
que os adeptos dessa umbandaria desvairada visualizam Aruanda como uma aldeia
primitiva em solo estéril, habitada por seres famintos de carne e sangue, de
guloseimas exóticas e de gosto questionável; sedentos de cachaça e fermentados
baratos, arregimentando comparsas encarnados com os quais barganham favores
frívolos em troca de agradinhos depositados na “encruza” à meia noite?
Se
assim for, saibam que ao invés de censurá-los, lamentamos por eles. Lamentamos
o fato de que tantos irmãos que certamente dispõem de ótimas condições para
trabalhar em parceria fraterna com entidades da mais elevada estirpe, podendo
ajudar a semear luz e caridade, tenham em algum ponto do caminho se deixado
enredar na teia de espíritos imundos, entidades de esgoto que os escravizaram e
os arrastaram a armadilhas de feitiçaria e a um mundo de ilusões místicas,
animado por sentimentos grosseiros de orgulho, vaidade, cupidez, inveja, ciúme,
ambição e, acima de tudo, mentiras, mentiras e mentiras...
Apesar
disso, os verdadeiros mentores de Umbanda aguardam pacientemente o despertar
desses irmãos. Sabem que um dia a luz da reflexão saneará o pântano de suas
consciências entorpecidas e, então, a razão lhes mostrará que não pode haver
convergência entre os ideais de bondade e caridade pregados pela Umbanda e a
imundície e o aroma pútrido que emana das tradicionais casinhas de Exu,
sustentadas com álcool, farinha e cadáveres; nem muito menos pode haver
coerência entre ordenação sacerdotal e a atmosfera lúgubre das camarinhas
rescendentes a soberba e sangue.
Um
dia esses irmãos compreenderão que a única magia existente no universo é a que
transforma o egoísmo em altruísmo, ócio em serviço fraterno, dor em
aprendizado, desespero em resignação, ansiedade em prece, medo em fé. É, enfim
a que transforma feras em anjos. Aprenderão igualmente que a iniciação a esse
conhecimento hermético se faz no templo da História, na camarinha do tempo, com
banhos de conhecimento e o amaci da verdade, sob a supervisão segura e
insuperável da Misericórdia e da Justiça Divinas. Isso é magia! Isso é Umbanda!
Todo o mais é despacho.
Mensagem
ditada por inspiração mediúnica pelo Senhor Tranca Rua das Almas.
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Não haveria luz se não fosse a escuridão...
“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”
Allan Kardec.Liga da Justiça Umbandista

O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.