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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Estudo Sobre os Exus



Na concepção original do termo, não se classifica Exu em um “tipo de entidade”. É um princípio vibratório que obrigatoriamente participa de tudo. É a força que impõe o equilíbrio às criaturas.

Cada um dos filhos tem seu Exu individual. Cada um dos Orixás, com seus correspondentes padrões vibratórios, possui seus Exus.

É o Exu o Executor das Leis Cósmicas. É o chamado Exu Guardião, aquele que guarda a vibratória do Orixá e nunca encarnou e nem irá encarnar. Não é nem bom nem ruim, nem positivo nem negativo. Sendo neutro, é justo. Ele vitaliza ou desvitaliza a cada indivíduo q exista, sempre cumprindo as ordenações da Lei.

Os Exus de aconselhamento, na Umbanda, são chamados de Exus de Lei, ou Exus de Trabalho, pois já estão prontos para desempenharem seu importante papel junto às pessoas. Infelizmente, se convencionou denominar “Exu” tudo que é espírito atrasado, mas não é o correto. Os Exus de Lei, são espíritos como nós, na busca da evolução que, ao adentrarem na Umbanda para trabalhar, na Linha de Exu, são "vibrados" pelo Exu Guardião do Orixá do Médium. Eles recebem a irradiação do Exu Guardião (aquele que não incorpora) para poderem trabalhar. Um exemplo, o Sete Encruzilhadas, é um espírito que recebe a irradiação do Exu Guardião (nunca encarnou) do Orixá para trabalhar como Exu na Umbanda. Daí, o Sr. Sete Encruzilhadas se torna um Exu. Alguns livros chamam isso de "exunização"... o espírito foi "exunizado" pelo Exu Guardião do Médium, sendo que esse guardião é da vibração do Orixá. E os de trabalho (Sete Encruzilhadas, por exemplo) é guardião. Defensor e amigo fiel do médium, vibrado pelo Guardião de uma das Vibrações do Eledá (Orixá de Cabeça) do médium, além de mensageiro do Guia Chefe e trabalhador incansável em outras atividades também.

O papel dos Exus é mais atuante do que se pensa. Além de serem mensageiros dos Caboclos e/ou Pretos-Velhos (a depender de quem for o guia chefe do médium), ainda possuem uma destacada atuação junto a nós, pois são executores kármicos. O que exatamente isto quer dizer? Quer dizer que se nós andarmos na linha justa, se nos habituarmos a cultivar pensamentos, sentimentos e atitudes equilibradas nosso karma será certamente reduzido ao longo da vida, e nosso amigo Exu nos ajudará em tudo. Mas, se caso assim não procedermos certamente esse mesmo amigo Exu entrará em ação, efetuando a cobrança kármica para conosco mesmos, sempre em nome da Lei Cósmica Divina.

Temos que ter em mente que estes amigos nada fazem por si só. Executam ordens de seus "chefes", ou seja, nossos mentores espirituais.

- Com algumas mudanças ou formas interpretativas, basicamente Exu é hierarquizado da seguinte forma:

Exu Aprendiz – espírito com capacidade evolutiva, arregimentado pela Lei a iniciar o serviço para a Lei, através de uma falange de trabalho na linha de Exu. Ainda não tem sua consciência completamente estruturada, sofrendo alguns deslizes de conduta que são rigidamente cobrados. Normalmente recebe ordens de um Exu em grau maior, para a realização dos trabalhos pela Lei. Estão em franco processo de lapidação de seus conceitos, condutas e mental.

Exu de Trabalho ou de Lei – é um servidor da Lei Divina e do seu Orixá Regente, como um servo de Deus, trabalha diretamente junto aos médiuns, em todo tipo de trabalho pela Lei, recebe e acata as ordens dos Guias Espirituais.

Exu Coroado ou Guardião – é o Guardião dos Mistérios à esquerda dos Orixás regentes do médium. Recebe ordens diretas dos Orixás e determina a forma e quem irá cumpri-las. Normalmente não se apresenta aos médiuns, nem permite a revelação de seu nome, para preservar suas forças e as forças do médium. Raramente incorpora e não dá consultas. É o mentor à esquerda do caminho evolutivo do médium. Já tem assentado em si toda a sustentação Divina dos Orixás para o trabalho.

Todo médium possui:

1. Exus Guardiões – correspondentes à Vibração de um dos Orixás do Eledá do médium, raramente incorpora, não dá consulta. Exuniza espíritos trabalhadores junto ao médium.

2. Um ou mais Exus de trabalho ou de Lei – devidamente “exunizados” pelos Exus Guardião ou Naturais, dos Orixás Ancestral (Eledá) ou de Frente (Ossi) ou Junto (Otum) do médium. Incorporam, dão consulta, atuam na vida do médium e, a mando da Lei, na vida de outras pessoas em auxilio.

No trabalho do médium de Umbanda um desses Exus é o de frente. É aquele que dá consulta e se coloca a serviço do Guia Chefe do médium.

Aos Exus de trabalho podemos pedir ajuda na solução de problemas e ajuda a outras pessoas, sempre conscientes do nosso e do merecimento alheio, sempre sob as Leis de Deus. Ao Exu Guardião devemos pedir somente auxílio nas questões pessoais, no sentido de amparo, sustentação, proteção e condução na linha reta evolutiva. A todos devemos sempre ter respeito, tratando-os com reverência, pela alcunha de senhores.

Por mais humano que Exu se manifeste e se expresse, devemos sempre ter respeito e educação para nos dirigirmos mentalmente ou pessoalmente a qualquer um deles, pois são senhores Guias Espirituais que trabalham para Deus e os Divinos Orixás com caridade, responsabilidade e muitas vezes a nossa frente para nos defender e proteger de demandas e embates astrais negativos.

Exu tem mais luz que podemos supor, mas por amor ao Divino Criador e aos Amados Orixás serve à Luz nos campos trevosos, em combate a todos que blasfemam ou que atuam contra as Leis Divinas; Exu oculta sua luz pra poder entrar nos campos negativos em socorro ou combate; Exu verbaliza de forma humana para bem ser entendido por nós; Exu conhece e respeita as Leis Divinas, as Linhas de Trabalho e todos os médiuns que assim merecem ser tratados.

Fonte: www.cruzeirodaluz.org

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“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.