Exus, de acordo com a crença
religiosa, são espíritos de diversos níveis de luz que incorporam nos médiuns
de Umbanda, Omolokô, Catimbó, Batuque, Santo Daime, Xambá e Candomblé de Caboclo.
Nos Candomblés de Ketu e Jeje não há
incorporação de espíritos oficialmente, já nos Candomblés de Angola podem-se
encontrar casas que adotem a incorporação de Exus, pomba-giras, boiadeiros e
marinheiros.
Porém, o Exu, cultuado somente no Candomblé, não
incorpora para dar consultas, diferentemente do Exu de Umbanda, considerado uma
entidade.
Exu na Umbanda
Na Umbanda
não se manifesta o próprio Orixá, por meio da incorporação, mas sim seus
mensageiros ou falangeiros, espíritos que vêm em terra para orientar e
ajudar.
Quando
incorporam, se caracterizam alguns com capas, cartolas, bengalas (masculinos),
e saias rodadas, brincos, pulseiras, perfumes, rosas (femininos, também
chamados de Pombo-giras).
Mas
não necessariamente os médiuns se utilizam destas vestimentas para a incorporação.
Cada
terreiro trabalha de uma forma diferente, alguns centros uniformizam a roupa
dos médiuns, onde todos vestem branco.
Os Exus quando incorporados, se materializam
num corpo humano, sem aberrações ou exageros.
Natureza e
incorporação de Exus
Encontramos
aqueles que crêem que os Exus são entidades (espíritos) que só fazem o bem, e
outros que crêem que os Exus podem também ser neutros ou maus.
Observa-se
que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de Umbanda - e mesmo de Candomblé -
não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s), quase sempre, por
falta de estudo da religião.
Na
verdade, essa entidade não deve ser confundida com o (obsessores), apesar de
transitar na mesma Linha das Almas, sendo o seu dia a segunda-feira, ficando
sob o seu controle e comandando os espíritos atrasadíssimos na evolução e que
são orientados pelos Exus para que consigam evoluir através de trabalhos
espirituais feitos para o bem.
Sua
função mítica é a de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas dos homens
aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só
acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é coligado ao
seu Exu por meio dos chacras.
É
ele quem traduz as linguagens humanas para os seres superiores. Por isso, é
imprescindível a sua presença para a realização de qualquer trabalho, porque é
o único que efetivamente assegura em uma dimensão o que está acontecendo na
outra, abrindo os caminhos para os Orixás se aproximarem dos locais onde estão
sendo cultuados.
Possuem
a função também de proteger o terreiro e seus médiuns.
O
poder de comunicar e ligar confere a ele também o oposto, a possibilidade de
desligar e comprometer qualquer comunicação.
Se
possibilita a construção, também permite a destruição.
Esse
poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas,
cemitérios, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e
rotas, e ser o senhor das porteiras, portas de entradas e saídas.
Há
algumas diferenças na maneira de ver Exu no Candomblé e na Umbanda.
No
primeiro, Exu é como os demais Orixás, uma personalização de fenômenos e
energias naturais.
O Candomblé
considera que as divindades, ou seja os Orixás, incorporam nos médiuns (cavalos
ou aparelhos).
Na Umbanda,
quem incorpora nos médiuns, além dos Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, são os
Falangeiros de Orixás, representantes deles, e não os próprios.
A Umbanda
considera os Exus não como deuses, mas como entidades em evolução que buscam,
através da caridade, a evolução.
Em
síntese, o grande agente mágico do equilíbrio universal.
Também
é o Guardião dos trabalhos de magia, onde opera com forças do astral. E também
são considerados como "policiais", "sentinelas",
"seguranças" que agem pela Lei, no submundo do "crime"
organizado e principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia.
As
"equipes" de Exus sempre estão nestas zonas “trevosas”, mas, não
vivem nela.
Obedecem
a severa hierarquia nos comandos do astral, se classificando também como Exus de
Lei, Cruzados, Espadados e Coroados.
Esses
espíritos utilizam-se de energias mais "densas" (materiais).
Nota-se
que essas entidades podem realizar trabalhos benignos, como curas, orientação
em todos os setores da vida pessoal dos consulentes e praticar a caridade em
geral.
A
condição de Exu para um espírito é transitória, podendo este, uma vez redimidas
suas dívidas perante a Lei Divina, seguir no mundo dos espíritos em escalas
mais elevadas de evolução.
Essas
falanges, e outras, são a divisão ou escala à qual pertencem os espíritos, mais
ou menos equivalentes à escala espírita definida por Kardec.
Os
trabalhos malignos (os tão famosos "pactos com o diabo", Magia Negra),
como matar por exemplo, não são acordos feitos com os Exus, mas com os Kiumbas
que agem na surdina e não estão sob a orientação de nenhum Exu, fazendo-se
passar por um deles, atuando em terreiros que não praticam os fundamentos
básicos da Umbanda que são: existência de um Deus único, crença de entidades
espirituais em evolução, crença em Orixás e Santos chefiando falanges que
formam a hierarquia espiritual, crença em Guias Mensageiros, na existência da
alma, na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do
médium, e o uso de ervas e frutos. Jamais maldades, e caridade acima de
tudo.
Os Exus
são confundidos com os Kiumbas, que são espíritos trevosos ou obscessores, são
espíritos que se encontram desajustados perante a Lei, provocando os mais
variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até
as mais duras e tristes obsessões.
Exu
de Umbanda sabe que a prática do mal sempre lhe atrasará a evolução, e nunca o
fará. Exu trabalha para a Luz de Cristo. Trabalha para a Lei de Umbanda.
Os
Kiumbas, são espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem
prazer ou por vingança, calcada no ódio doentio.
Aguardando,
enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária
ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são
densas.
Esse
baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes
dos espíritos encarnados ou desencarnados.
Sentimentos
baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade
desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam essa faixa vibracional e os
Kiumbas se comprazem nisso, já que se sentem mais fortalecidos.
O verdadeiro Exu de
Umbanda não faz mal a ninguém.
Alguns
Exus foram pessoas comuns como políticos, médicos, advogados, reis, trabalhadores, guerreiros, padres etc., que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram
escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados.
Outros
são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução
atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal.
Em
seus trabalhos de magia, Exu corta demandas, desfaz trabalhos malignos,
feitiços e magia negra, feitos por espíritos obscuros, sem luz (Kiumbas).
Ajudam
a limpar, retirando os espíritos obscessores e os encaminhando para luz ou para
que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.
A
Doutrina Espírita os trata como espíritos imperfeitos, almas dos homens que,
por terem cometido crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difíceis
provas, cujo único objetivo é o de que possam compreender a extensão do mal que
praticaram em outras vidas.
Uma
verdadeira Casa de Caridade é sempre reconhecida pela gratuidade dos serviços
prestados a quem procura ajuda em um centro espírita ou centro de Umbanda.
Alguns
espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de
magia dirigida contra os encarnados.
Na
realidade, quem está agindo é um espírito atrasado.
É
justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses
feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obscessores,
cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando à
própria evolução.
O
chamado "Exu pagão" é tido como o marginal da espiritualidade, aquele
sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora
possa ser despertado para evoluir de condição.
Já
o Exu batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e,
trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda
se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos
reinos da marginalidade.
Não
se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exu com espíritos zombeteiros,
mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de
Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes
de "Guias".
Para
evitar essa confusão, não damos aos chamados "Exus pagãos" a denominação
de "Exu", classificando-os apenas como Kiumbas.
E
reservamos para os ditos "Exus batizados" a denominação de "Exu".
Abra
seu Olho e observe a que entidade você está doando a sua mediunidade...
Umbanda
é Caridade, é Luz, é Cristo, é Amor e todos os trabalhadores sob a sua Lei,
estão sob a Lei Divina.
Saravá
os Exus de Umbanda,
Laroyê
Exu, Exu é Mojubá!
Concordo com o texto assina porem nao existe contato com os Orixas sem passa por Bara ou como se chama na umbanda exu, porem bará é bará e baraegun é baraegun ( BARA ABRE OS CAMINHOS PARA AS REZAS CHEGAR AOS ORIXAS) e tao pouco são espiritos Yemanja teve 3 filhos nessa ordem Ogun,Bará(exu) e oxossi entai Bará (exú) é um Orixa mas porem nem em todos os terreiros ele incorpora, mas porem tem que saudalo. Bará é Bara e Exú é Exu
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