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sábado, 5 de novembro de 2011

Como Servimos de "Repastos Vivos" aos Espíritos das Trevas?



PERGUNTA: - Podeis nos explicar de que modo os espíritos das trevas conseguem satisfazer os seus desejos viciosos ou renovar suas sensações carnais obsidiando os encarnados?

RAMATÍS: - Os espíritos malfeitores, desencarnados, devido a lhes faltar o corpo físico, vivem sempre acicatados pelos desejos inferiores da matéria, os quais não podem ser saciados no mundo astral. Então procuram saciar-se de seus vícios e desregramentos buscando apoderar-se de criaturas desprotegidas, a fim de transformarem-nas em verdadeiras "pontes vivas" e assim conseguirem o meio de se fartar nos seus desejos mórbidos e desregrados. Através de processos e ciladas diabólicas, eles esgotam a vitalidade das infelizes criaturas que imprudentemente lhes caem sob o jugo satânico.

São almas tenazes em seus objetivos torpes, que se debruçam incessantemente sobre o mundo da carne à procura de vítimas passivas e desleixadas, nas quais se apóiam para realizar os seus intentos malfazejos e usufruírem a volúpia das paixões pervertidas. A energia do mundo astral é vigoroso multiplicador da freqüência vibratória do perispírito liberto da carne; por isso, enquanto as almas elevadas centuplicam suas emoções dignas e mais se elevam aos planos angélicos, os espíritos inferiores sentem os seus desejos torpes ainda mais superexcitados pois, devido à lei vibratória de que os "semelhantes atraem os semelhantes", suas paixões também recrudescem em contato com as energias sensuais detestáveis.

Sentindo-se exacerbados em suas emoções degradantes, e impotentes para usufruírem as sensações que lhes eram os únicos prazeres na carne, os espíritos desregrados vêem-se obrigados a sintonizar o seu perispírito com o perispírito dos encarnados que porventura vibrem docilmente às suas sugestões e desejos viciosos. Através dessa simbiose subversiva, conseguem captar as sensações pervertidas dos encarnados, e então os corpos carnais dos terrícolas se transformam em condensadores vivos, que atendem à consumação dos desejos dos obsessores.

Os pilotos das grandes aeronaves sabem que a harmonia do seu vôo depende fundamentalmente da sincronização de todos os motores num só diapasão de velocidade; sob a mesma lei, duas locomotivas que operem conjugadas, em exaustiva subida, também hão de lograr sucesso tanto quanto seja a perfeição do ajuste sincrônico das forças empregadas por ambas. Essa lei de correspondência vibratória e equilíbrio energético ainda age com mais sutilidade nas relações entre o mundo astral e o físico, facilitando que os espíritos viciados se conjuguem sincronicamente aos perispíritos dos encarnados, a fim de praticarem suas torpezas e saciarem seus apetites inferiores.


PERGUNTA: - Qual a significação mais exata dessa denominação de "repastos vivos" que já tendes dado por vezes àqueles que são vítimas dos espíritos maldosos do astral inferior?

RAMATÍS: - Desde que a idéia de "repasto vivo" lembra refeição, é indubitável que estamos nos referindo às tristes condições de muitos encarnados que imprudentemente se transformam em verdadeiras refeições vivas para os desencarnados insaciáveis de sensações devassas e que, além de lhes exaurirem todas as energias vitais, enfraquecem-lhes a vontade e os tornam cada vez mais viciados aos desejos torpes do Além. Aqueles que não se decidem a modificar sua conduta desregrada na vida humana não tardam em se transformar na abjeta condição de prolongamentos vivos da mórbida vontade dos espíritos pervertidos. Depois de perderem o controle de si mesmos e apresentarem estranhas enfermidades que provocam diagnósticos sentenciosos da medicina terrena, passam a viver excitados e aflitos, incessantemente acionados pelos seus "donos" do Além, que chegam a evitar-lhes qualquer aproximação amiga ou ensejo redentor.

É de regra e técnica muito comum, entre os obsessores sabidos, do astral, cercarem os seus "repastos vivos" de cuidados especiais a fim de que se afastem de pessoas, ambientes, leituras, doutrinas, palestras ou filmes educativos que possam lhes despertar a consciência adormecida na hipnose maquiavélica e mostrar-lhes a sua escravidão ao vício. O processo sutilíssimo, que os espíritos das sombras desenvolvem felinamente em torno de suas vítimas, é muito difícil de ser percebido por aqueles que lhes caíram nas malhas sedutoras.


PERGUNTA: - Poderíeis nos esclarecer melhor, a esse respeito?

RAMATÍS: - No estado em que se encontra atualmente a civilização terrena, ainda são raras as criaturas que não possuem qualquer válvula capaz de abrir-lhes a intimidade do espírito à infiltração dos malfeitores do astral inferior. Variam as debilidades humanas de conformidade com as criaturas e suas realizações; os homens Íntegros em seus negócios e labores cotidianos podem ser vulneráveis à cólera ou à irritação; aqueles que são pacíficos e acomodados podem se desgastar pelo ciúme, sofrerem pelo amor-próprio ferido ou se intoxicarem pelas ingratidões; alguns, quando frustrados nos, seus ideais ou vítimas das discussões domésticas ou das decepções amorosas, buscam no álcool a sua compensação doentia, enquanto outros, radiantes de júbilo pela vida fácil, vivem corroídos pelo remorso da fortuna desonesta. Mesmo as criaturas mais sensatas e mais justas muitas vezes só podem ajustar as suas idéias e acalmar seus nervos ou impaciência devorando dezenas de cigarros e formulando assim inconsciente convite a algum outro viciado sem corpo, do Além.

Não podemos enumerar toda a série de contradições, vícios, frustrações, defeitos ou emoções descontroladas que podem servir de motivos básicos ou de válvulas emotivas que auxiliam o êxito das operações obsessoras empreendidas pelos espíritos das trevas, graças à invigilância dos encarnados.

Os desencarnados que ardem em desejos pelo álcool não perdem o seu tempo, operando sobre o encarnado que é abstêmio alcoólico, por saberem que perderão os seus esforços e não conseguirão levá-lo ao alcoolismo. Preferem, pois, encontrar criaturas afeitas ao álcool ou já debilitadas por outras paixões perigosas, a fim de levá-las ao desregramento por caminhos indiretos. Da mesma forma procedem os espíritos que eram fumantes inveterados e que se alucinam no Espaço pela falta do cigarro.


Fonte: A Vida Além da Sepultura - Editora do Conhecimento 

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“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.