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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estudo: O Tridente dos Exús da Umbanda


Exu Maré, Trabalhador de Umbanda. Obrigado pela Proteção... Laroyê Sr Maré!

O tridente mais antigo que se tem registo é o Trishula, a arma principal de Shiva.Na tradição hindu Shiva é o destruidor e ao lado de Brahma e Vishnu formam a "sagrada trindade".


Agora... Shiva não é o deus do mal porque falei que ele é o destruidor, na verdade ele destrói o Ego, os defeitos pessoais que devem ser eliminados para nos desenvolvermos (esse mal-entendido é muito usado para falar mal das religiões alheias).

Como ele destrói estes defeitos?

Com a sua arma, o tridente... suas três pontas representam as três qualidades da matéria: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilí­brio). Eles também representam os três Nadis (Ida, Pingala e Sushumna) que correm ao lado da coluna e que são muito importantes no processo de circular a energia através dos chakras e pela Kundalini.

Entre várias outras referências, temos outra importante. 


- O tridente é também o cetro mitológico de Netuno, o senhor dos mares de acordo com a mitologia romana (equivalente ao deus Poseidon, na grega).

*Obs: perceber o uso de deuses de outras civilizações, as vezes em aspectos ou em sua totalidade. Algo que ocorreu ao longo do tempo por causa de guerras, fusões de culturas, etc.

Exemplos: Mitologia grega e romana, Jesus-Apolo-Dioní­sio e Hórus(Filho de Osí­ris), etc...

- Alguns já dizem que o Tridente, representava o poder dos Reis da Atlântida sobre suas 10 ilhas. Sete ilhas menores e três de grandes dimensões que, um dia, abrigaram a civilização atlante.

Fugindo um pouco do assunto...

- Platão foi o primeiro a falar da civilização perdida, em sua obra Crí­tias.

- Considerando a obra um pouco mais alegórica: as três ilhas maiores referem-se aos Três Poderes da Divindade Superior como a trindade Santa do cristãos, a Trimurti hindu. Os sete menores são os sete regentes que se submetem aquele que ocupa o Trono.

Não podemos esquecer que vários outros deuses, de várias outras religiões, também possuí­ram o tridente. Mas seu significado não deve sair muito do que foi dito acima.

Desde de que, é claro, estes atributos fossem dados ao deus "bonzinho" de cada religião.

Caso contrário, colocamos o Tridente (entre outras armas mágicas, caracterí­sticas e sí­mbolos) em uma imagem a qual devemos temer, odiar e colocar a culpa pelos nossos defeitos ou erros.

Coincidência ou não o tridente, sí­mbolo também do deus Netuno/Posseidon (o senhor das profundezas dos mares), aparenta um homem com os braços elevados, como quem busca a elevação, seja da terra para o céu ou das profundezas dos mares para a terra... diferente do Ank e da cruz que aparentam um homem de braços abertos como que em comunhão com o cosmos.

Talvez então o tridente poderia ser o sí­mbolo do homem que busca elevar-se e a cruz o símbolo do homem elevado...

Que viajem heim?!?! Mas até que faz sentido... e talvez tenha também sido por isso que a Igreja colocou como sí­mbolo do Diabo, pois ele queria ser superior a Deus, por isso, o sí­mbolo como tentando alcançar a elevação...


O Tridente também é o símbolo da Psicologia...


Estudar psicologia sem entender o significado profundo do seu símbolo representativo significa perder um elemento essencial para sua compreensão. Inicialmente, é importante lembrar que além de ser o símbolo é também uma das letras do alfabeto grego, correspondente ao fonema "psi" e ao número 17. Embora este seja o começo da explicação sobre seu significado, não podemos esquecer que a letra "psi" tem toda uma historia e está associada a realidades muitos profundas, expressadas a través da mitologia. A letra "psi" é o principal símbolo representativo de Deus Possêidon (ou Netuno em Latim).

Possêidon significa "senhor das águas", é o Deus das águas, mas principalmente, das águas subterrâneas e submarinas. De acordo com a Mitologia, após a vitória dos Deuses sobre os Titãs, o universo, foi dividido em três reinos, um para cada irmão: Possêidon obteve o domínio do mar. Zeus, a maior autoridade do Olimpo, ganhou domínio sobre o céu e a terra e Hades sobre os infernos e o mundo subterrâneo e vulcânico. Possêidon nem sempre foi muito dócil à superioridade e autoridade de seu irmão Zeus.

Possêidon percorria as ondas sobre uma carruagem tirada por seres monstruosos, meio cavalo meio serpente ou por cavalos. Seu cortejo era formado por peixes e delfins e criaturas marinhas de todas as espécies. Eram jogados touros vivos no mar como sacrifício ao Deus.

Possêidon Reina em seu império líquido, a maneira de um "Zeus marinho", tendo por cetro e arma o tridente , que dizem ser tão terrível quanto o raio.

Uma concepção mais antiga de Possêidon é o de "sacudidor da terra", o que corresponde a uma ação de baixo para cima, isto é, uma atividade exercida do seio da terra por uma divindade subterrânea. Quando a terra treme devido á força de Possêidon, tudo que está apoiado sobre a terra é destruído.

O tridente era usado por Possêidon como arma de guerra: quando ele o enfiava no coração do seu adversário ganhava poder sobre sua alma. Para demonstrar sua força, Possêidon golpeava a terra com seu tridente e fazia brotar um mar, ou, segundo outras versões, um cavalo. Em sua cólera, Possêidon usava seu tridente para inundar ou secar terras.

As três pontas do Tridente representam as três pulsões: Sexualidade, Auto conservação e Espiritualidade (Auto-realização) e, fonte de todos os desejos facilmente exaltados e da natureza imanente. A Sexualidade e a Auto conservação são forças indispensáveis para a vida, mas que também representam o perigo da perversão e a fraqueza essencial que pode possuir o homem.

Sobre o conceito de espiritualidade como pulsão, Leonardo Boff em seu livro "A Águia e a Galinha" menciona textualmente o seguinte: "A vida espiritual possui em nós o estatuto de uma energia originária. De um instinto com a mesma cidadania que o instinto sexual, o instinto de saber, o instinto de poder, o instinto de violar os tabus e o instinto de transcender". Note-se, não se trata de um instinto qualquer, um entre tantos. Mas de um instinto fundamental, articulador de todos os demais.

A Pulsão da Espiritualidade também pode ser comparada ao "Impulso para a auto-realização" defendido por Carl Rogers e os existencialistas e também a "necessidade de evolução" defendida por algumas teorias religiosas.

Ainda de acordo com conceito das 3 pontas do Tridente, da tríade de forças, como não lembrar da divisão Freudiana do sistema psíquico em: Inconsciente, Pré-consciente e Consciente (1ª tópica - Até 1914) e em: Ego, Id e Superego (2ª Tópica - Após 1914)?

A partir do mencionado, podemos concluir que o símbolo da psicologia é essencialmente o símbolo das forças do mundo inconsciente, que podem levar-nos à loucura e a morte ou até os estados mais perfeitos do equilíbrio psíquico... e finalmente cheguei aonde eu queria... O Tridente dos EXUS...


O tridente é um representação da energia tripolar que Exu e Pomba Gira vibram, energia essa positiva, negativa e neutra, que formam o desenho de um garfo de três dentes (ψ=tridente) que não é o garfo alusivo ao demônio ensinado pelos cristãos. Considerado o mensageiro dos Orixás, Exu vitaliza, desvitaliza ou neutraliza qualquer um dos sete sentidos dentro da lei cármica.

Podemos observar que em várias épocas e vários personagens históricos poderosos usavam e usam o tridente como uma arma a mais contra o mal, o inimigo etc. E porque com os nossos amigos Exus seria diferente... eles precisam dessas armas para poderem dominar os espíritos perdidos, revoltados, trevosos e dominá-los para o tratamento devido e ponto. O Tridente usado pelos Exus são imprescindíveis para que “Faça-se a Luz”, pois os nossos Amigos de todas as horas também estão a serviço de Deus e buscando a Luz da Evolução.


Salve Exu e Pomba Gira... Salve a nossa Umbanda querida!!!

Espero ter ajudado, qualquer opinião é só comentar.

Um comentário:

  1. Eu tinha um livro, mas roubaram meu carro com ele dentro e nunca mais encontrei outro igual.
    "O significado das cruzes".
    Nele tem mais de 300 cruzes e uma das últimas é o tridente de Exú.
    Eu gostaria muito de saber se você sabe ou tem registro de em alguma época, o tridente ter sido considerado cruz?
    Se tiver registro por favor me avise por e-mail, gostaria muito de te-los novamente com seus significados.
    felipetumulto@hotmail.com
    Desde já agradeço.

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Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

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O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.