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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Laroiê Exu. Exu é Mojuba!




Hoje vamos bater um papo rápido sobre os Exus, em sua linha de trabalho.

Algo que todos sabemos é o cumprimento típico para Exu: Laroiê Exu. Exu Modjuba (se lê Mojubá).

Aqui já vem a primeira dúvida: eu sei que devo cumprimentar Exu, Pomba-Gira e Exu Mirim desta forma, mas afinal de contas, o que quer dizer isso tudo?

Na verdade são termos em Yorubá e não temos como traduzi-los para o português em uma única palavra certeira. Então podemos traduzir desta forma:

Laroiê: olhe por mim, me guarde, me proteja, vamos trabalhar etc.

Já Modjubá quer dizer: você é grande ou eu me curvo a você.

E quem são essas entidades? São atrasados na escala evolutiva? Por que bebem e fumam quando estão incorporados nos médiuns?

Os Exus (e deste ponto em diante vou utilizar a palavra Exu para me referir a Exu, Pomba-Gira e Exu Mirim através de um único termo, apenas para evitar repetições) são guardiões, são trabalhadores da Luz nas trevas, pois eles são portadores de mistérios que os permitem entrar e sair nos níveis mais densos da negatividade, sem que sofram danos em seu corpo astral. Eles não são demônios como certas igrejas tentam rotulá-los. Tanto que Exu fala naturalmente sobre Jesus e Deus (embora isto deixe perplexas algumas pessoas), mas entenda que eles trabalham para a Luz e só podem estar trabalhando na Umbanda porque têm a permissão de Deus para tal.

Quando temos nossas quedas na escala evolutiva e somos absorvidos pelas trevas (tudo de acordo com nosso merecimento ou necessidade), são eles os responsáveis em nos preparar para voltarmos à evolução, nos preparar para reconhecermos nossos erros, falhas e vícios humanos – motivos de nossa queda astral, ou seja, em outras palavras, são eles os responsáveis no resgate e reequilíbrio mental de espíritos caídos.

Exu também já caiu em sua escala evolutiva e usa seus próprios erros e sofrimento para nos ajudar a não termos o mesmo destino que tiveram. Por isso eles são tão próximos a nós encarnados e tentam nos aconselhar e abrir nossos olhos, pois ninguém consegue evoluir sem conhecer o erro ou sofrimento na carne.

Exu lida diretamente com nosso ego, com a vaidade, com tudo aquilo que está de mais em nós. Ele não incita o mal ou a violência, ele não é a inversão do que é bom, mas sim desafiador nato de quem está com valores invertidos, pois isso precisa ser tratado em cada um de nós, se queremos ascender a mundos mais evoluídos, espiritualmente falando.

E se eu não oferendar a Exu? Ele me castigará mesmo? Irá atrapalhar os trabalhos de minha Casa?

De forma alguma. Se Exu é um Guardião da Luz, como ele iria se portar contra a Lei Maior, atrapalhando um trabalho que está sendo exercido por obreiros da Luz Maior?

É óbvio que Exu nunca faria isso. Mas para que Exu possa trabalhar em sua plenitude e guardar os trabalhos, nós precisamos ofertar elementos magísticos para que ele possa utilizar em nossa proteção. Aqui estamos falando da água, da farinha de mandioca, das frutas, da pinga, da vela etc (Dependendo da Doutrina da Casa). Todos estes itens têm sua importância magística e será utilizada por eles para a guarda dos trabalhos.

Então já deixamos outro mito de lado: o padê na Umbanda não é para “alimentar” Exu (dar de comer), mas sim ofertar a ele elementos que possam ser utilizados para a nossa proteção. Isto é sinal de respeito a Exu e uma demonstração que você não está de braços cruzados, esperando que ele faça tudo, mas sim está juntando suas forças às dele afim de um bem comum.


Exu age sempre e somente dentro dos limites da Lei Maior, ou seja, Exu não prejudica nenhum encarnado, a menos que a Lei o ordene e mesmo quando isto é feito, por pior que possa parecer, é algo que aquela pessoa precisa para se recuperar e voltar à evolução. “Exu não castiga um inocente, mas não perdoa um culpado” – trecho do livro O Guardião da Meia Noite, de Rubens Saraceni (Editora Madras).

Nas Giras de Falanges da Direita, é Exu quem protege e guarda a gira, faz a segurança astral contra negatividade, kiumbas e obsessores.

Quando incorporados em seus médiuns, Exu podem fazer uso de cerveja, pinga, whisky, charuto, cigarro, cigarrilha, espumante, entre tantos outros elementos. Não o fazem por uma necessidade espiritual, isto é óbvio, pois são mais evoluídos do que nós encarnados. Fazem com a intenção de manipular estes elementos de poder e magísticos (álcool e fumaça das ervas, por exemplo) para ajudar a quem estão atendendo, seja para quebra de energias negativas mais densas (descarrego) ou qualquer outra função específica em cada caso.

Aqui vale um alerta sobre as Pomba-Giras quando incorporadas em seus médiuns. Elas podem ser sensuais, mas nunca vulgares. Atenção!

Saravá às entidades que militam na corrente da Esquerda umbandista! Obrigado por toda proteção e amparo em nossa caminhada e em nossas Casas de Trabalho. Que vocês estejam sempre a nos proteger contra as investidas da negatividade e nos alertar quanto as nossas falhas.

Laroiê Exu. Exu Modjuba!

Fonte http://www.umbandaempalavras.com.br/

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“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.