Segundo os ensinamentos do Sr. Sete, o Guardião das Sombras, os guardiões
e guardiãs chamados de Exus e Bobo - Giras (Pomba-Gira) são trabalhadores de
primeira linha, uma organização mundial voltada para a preservação da harmonia
e do equilíbrio nos diversos planos da vida.
Sobre os guardiões o livro “Umbanda - A Protosíntese Cósmica” de
F. Rivas Neto fala: “Exu como o Agente Executor da Magia e da Justiça Kármica,
entidade responsável e conhecedora da movimentação de forças magísticas nos
processos de agregação de forças positivas e desagregação de forças negativas
no “eró” (segredo) da encruzilhada de Exu (a cruz dos quatro elementos)” -
“Emissários da Luz para as Sombras”.
Espíritos desenvolvidos, inteligentes e conhecedores das leis kármicas e
reencarnatórias se rebelaram em várias orbes parecidos com o nosso planeta
(Terra) formando uma força contrária a renovação, reforma e evolução espiritual
superior. Essas forças precisavam ser combatidas por uma força de igual poder e
determinação, uma força de justiça que não estaria sujeita ao conceito temporal
e por isso passageiro de bem ou mal, mas sim intimamente ligada ao conceito de
Justiça Eterna, usando o conceito temporal de bem e mal como condição de sua
própria evolução, aprendizado e equilíbrio das Leis Cósmicas que são eternas.
Com esse objetivo surgiu a Força de Execução da Justiça denominada Exu,
suas funções são de vital importância para o equilíbrio do karma coletivo, grupal
e individual. Exu não é um ser espiritual trevoso ou agente do mal e sim um
agente espiritual com responsabilidades definidas perante o contexto da Lei
Kármica, executor fiel das ordenações de cima para baixo, emissário executor da
luz para as sombras e da sombra para as trevas.
Como tudo obedece a lei setenária (sete) os sete Orixás estenderam aos
seus Guardiões da Luz para as Sombras o comando das ações, cobranças e
reajustes kármicos, esses Guardiões arrebanharam aqueles espíritos que foram
insurgentes e que reencarnando sucessivamente davam mostras desejosas de
evolução e regeneração, completando assim seus ajustes necessários que
cumprindo suas tarefas se libertariam das obrigações karmáticas atuando como Exu.
Criadas foram as sete organizações (falanges se podemos assim chamá-las)
ditas de Exus Cabeças ou Exus Coroados, que comandam um exercito, dividido em
demais planos, sub-planos, grupamentos e etc. Esses grupamentos serão
analisados mais detalhadamente posteriormente quando do estudo mais aprofundado
sobre os guardiões.
Os guardiões de terreiro são espíritos de desencarnados que pagam seus
débitos karmicos através de trabalhos e orientações realizados para benefícios
dos consulentes, agindo assim também em benefício próprio, do terreiro e
do plano espiritual superior.
Muitos deles são guerreiros de outras épocas, militares, políticos,
ladrões e outros tipos de celerados que receberam a bênção e a oportunidade de
perderem seus nomes e características individuais para trabalharem em uma das
falanges dos Exus Coroados, assumindo assim características e nomes com os
quais passarão a serem conhecidos por um tempo indeterminado trabalhando pelo
benefício da individualidade e da coletividade humana, tornando-se
especialistas em desfazer o mal que praticaram um dia, tornado felizes, muita
das vezes, o mesmo tipo de pessoas que um dia fizeram sofrer, assim resgatando
o pesado karma adquirido por eles com trabalho útil e não sofrendo em orbes
espirituais de sofrimento e dor desmedidos.
Sobre isso o Sr. Sete explica com sabedoria:
“A academia da Terra, com suas múltiplas
experiências, é o verdadeiro educandário, onde cada espírito se especializa
naquilo que para si elegeu como forma de vida. Há muitos espíritos que na Terra
tiveram experiências na carreira militar ou em alguma outra função que lhes
propiciasse o desenvolvimento de certas qualidades necessárias a um Guardião.
Do lado de cá, serão aproveitados como tal. Oferece-se ao espírito a
oportunidade de continuar, no mundo extrafísico, trabalhando naquilo que sabe
e, desse modo, aperfeiçoar seu conhecimento e ganhar mais experiência.
Muitos militares do passado, comprometidos com o
mau uso do poder e da autoridade, são convocados e convidados a se reeducarem
nas falanges dos guardiões, reaprendendo seu papel. Para tanto, defendem as
obras da civilização em geral, o patrimônio cultural e as instituições
beneméritas. Outros espíritos, que dominaram certos processos e meios de
comunicação, quando encarnados, são convidados e estimulados a trabalhar nos
vários laboratórios e bases de comunicação a serviço dos guardiões.
Generais, guerreiros, soldados, comandantes ou os
simples recrutas, das diversas forças armadas da Terra, são aproveitados com a
experiência que adquiriram. Transcorrido o tempo natural de transição, após a
morte física, apresentamos a esses espíritos a oportunidade de se refazerem
emocional e moralmente. Tal oportunidade são as atividades que poderão desempenhar
do lado de cá da vida, obedecendo a um propósito superior.
Há diversos campos de atuação, como disse, tanto na
defesa psíquica, energética ou espiritual de pessoas e instituições, como na
proteção de comunidades e povos. Enfim, as possibilidades de trabalho do lado
de cá são imensas.
Ao espírito desencarnado são apresentadas
basicamente duas opções: ou ele permanece presa de seu sentimento de culpa,
forjando situações aflitivas em torno de si, ou libera-se da culpa. Nesse caso,
abrem-se inúmeras possibilidades de trabalho, aproveitando-se as experiências
vividas e valorizando as aquisições pessoais. Qualquer experiência, ainda que
equivocada ou difícil, é re-orientada, com objetivo útil à causa do bem e do
equilíbrio. Caso o espírito opte pela segunda alternativa e assimile a idéia de
continuar trabalhando em prol da humanidade, são ampliadas suas oportunidades à
medida que amadurece.
Cada qual é responsável pelas conseqüências de seus
atos: isso é imutável. Porém, a lei não impõe sofrimento a ninguém; ela dá
oportunidades de reparação e resgate no desempenho de tarefas dignificantes.
O sofrimento é resultado da mente culpada, que
forja, ela própria, as situações aflitivas dentro e em torno de si.
Sofrimento pelo sofrimento: donde já se viu?
A finalidade da lei não é o sofrimento, é o
aprendizado. Ao trabalhar pelo bem, a ordem e a harmonia, o espírito terá tempo
de solucionar com tranqüilidade os equívocos aos quais se entregou em seus
excessos quando encarnado. Somos convidados a trabalhar, oferecendo à vida o
que de melhor possuímos. Aos poucos vamos reparando dentro de nós aquilo que
carece de conserto. Não é preciso estacionar em zonas mentais de sofrimento,
absolutamente. Vamos caminhando, trabalhando como sabemos e como estamos, que
os problemas vão encontrando a devida solução ao longo do tempo.”
Pelos ensinamentos do Sr. Sete podemos observar o quão equivocados estão
os irmãos em permanecer com a idéia preconcebida que os Guardiões das falanges
dos Exus são seres diabólicos com o desejo profundo de prejudicar a humanidade
ou seres que a troco de migalhas materiais podem ser subornados a realizarem
nossos caprichos mundanos inconseqüentes.
Da mesma maneira como é errôneo pensar nas Guardiãs da Luz para as
Sombras, as Pombas-Giras como se todas tivessem sido no passado prostitutas
sedutoras inconseqüentes ou adúlteras violentas, desequilibradas sexuais que
“baixam” nos terreiros para continuarem seduzindo, agora os consulentes, ou
trabalhando apenas com a intenção de realizarem caprichos materiais imorais ou
sexualmente desmedidos.
Nos terreiros de evolução o trabalho dos Guardiões e Guardiãs são os
mesmos, as guardiãs ainda agregam a importância de auxiliar a resolução de
conflitos amorosos, violência familiar e desvios sexuais, além da importante
missão de manter a família unida em amor e felicidade.
Ambos, Guardiões e Guardiãs são responsáveis pela segurança espiritual e
psíquica da família, do lar, da casa de morada, do trabalho e do terreiro.
Auxiliam aos consulentes e seus “aparelhos” ou “cavalos” a obterem
condições para poderem viver materialmente da melhor forma e de preferência sem
sacrifícios, se possível. Amparando-os e protegendo-os quando das dificuldades
surgidas por atitudes impensadas, mal direcionadas ou kármicas.
Fonte: http://eclesiadeluz.blogspot.com.br/
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