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sábado, 18 de agosto de 2012

Característica da Entidade Zé Pelintra



Não tenho interesse em pesquisar as raízes antropológicas da entidade e nem tampouco esmiuçar o modo de vida que o chamado José Gomes da Silva viveu. Eu gostaria apenas de desmistificar nesse tópico o arquétipo dessa entidade, ou melhor, as múltiplas facetas que envolvem esse espírito tão misterioso.

Sabe-se que é uma entidade que tem suas raízes no catimbó, no culto à Jurema, um grande mestre nos feitiços e na cura, conhecido por muitos como o médico dos pobres, também leva outros epítetos como Dono da noite, rei da Magia e como ele mesmo gosta de dizer, “Sou Zé Pelintra e não pilantra, eu sou pai e não padrasto”.

No catimbó, essa entidade trabalha com cachimbo, sotaque carregado e chapéu de palha, confesso que não sabia disso, através de informações que obtive do próprio e algumas pesquisas realizadas com alguns irmãos do culto a Jurema, consegui mesclar tais informações e fortalecer a minha convicção naquilo que estou escrevendo. Mas… Voltando, ele se apresenta com chapéu de palha, andava com gingado, sotaque carregado, usava um cachimbo, pois no culto à Jurema, a fumaça é o elemento primordial para a utilização da magia dentro do culto, portanto, o cachimbo por produzir maior fumaça e ser produzido artesanalmente, é muito utilizado pelos mestres juremeiros, o Zé do catimbó tomava sua pinga geralmente na cuíca e enfim, trabalhava como grande parte dos juremeiros existentes dentro do culto.

Quando essa entidade adquiriu grande reconhecimento, o seu nome propagou nos quatro cantos do Brasil, foi também cultuado nos terreiros cariocas, aí essa falange passou por uma transformação muito grande, de um negro mulherengo do sertão nordestino, virou um sambista farrista das favelas cariocas, aí, todo o seu arquétipo foi modificado, talvez, de acordo com o funcionamento dos terreiros e a vibração dos médiuns do qual o Sr. Zé trabalhava.

Hoje o Sr. Zé se apresenta de terno branco, muito típico dos malandros das favelas cariocas, chapéu combinando com seu terno, sapato de sambista, sotaque mais puxado para o malandro, fumando cigarro ou até mesmo charuto, enfim, foi modificada toda uma cultura em cima de uma entidade. Muitos “Zés” pedem esse chapéu branco e alguns até bengala. 

Eu, quando via o Sr. Zé Pelintra pedindo chapéu de palha e pedindo seu cachimbo ou charuto eu achava algo totalmente estranho, porque o pai da casa trabalhava com um tipo de Zé Pelintra totalmente diferente, andava numa ginga diferente, o que eu conheço, pedia seu cachimbo, pinga no copo de vidro, chapéu branco e tudo mais, totalmente diferente do outro Sr. Zé que conheci, muito mais simples, uma forma de trabalho totalmente distinta. Eu estava ficando meio maluco.

Estou escrevendo esse “post” justamente por alguns médiuns ficarem muito em dúvida, é claro que isso não se resume apenas com a falange do Sr. Zé Pelintra, muitas entidades podem vir completamente diferentes no médium justamente por mesmo que carregue o nome da falange, é outra entidade, outro espírito, que varia a vibração, seu grau de luz, o médium do qual está ocupando e a forma de trabalho da casa, isso é uma regra imutável, em outras palavras, cada espírito, mesmo levando o nome como Rompe-Mato, Sete Flechas, são entidades individuais que carregam o nome de sua falange, que veremos depois o que realmente é uma falange. 

Existem centenas de Zé Pelintra, cada qual com o seu conhecimento, portanto, é pífio caracterizá-lo em apenas em uma forma de trabalho, se o seu usa chapéu de palha, chapéu de couro ou chapéu panamá, não importa, o que importa é o seu grau de conhecimento e os resultados do seu trabalho dentro do centro. Tem o Zé feiticeiro, o quimbandeiro, o curandeiro e o mandingueiro, independente da característica do seu Zé, Saravá a corrente do Zé Pelintra.

Portanto, é muito comum os médiuns iniciantes compararem suas entidades ou acharem que está fazendo algo errado, mas confiem em sua intuição, fiquei atônito quando vi o Sr. Zé pela primeira vez vindo assim, mas procurei, persisti e vi que graças a Deus, não era o que eu temia, ou seja, pura ilusão do meu consciente.

Namastê
Neófito da Luz

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Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.