Seguidores dos Guardiões e Guardiães de Umbanda

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pomba Gira


“Quem se deixar afundar no mundo dos desejos,
e beber o veneno da luxúria dos sentidos,
tornar-se-á no seu próprio escravo.”

Pomba Gira ou Bombogira, é o Exu feminino, complemento do Exu masculino. Dos sete Exus chefes de legião, apenas um é feminino, dai ter ocorrido uma inversão deste conceito, dizendo que Pomba Gira é mulher de sete Exus, sendo por isso prostituta.
Os Exus são nossos irmãos, e já tiveram as suas encarnações como humanos. Por isso, é perfeitamente normal que possa ocorrer, que uma ou outra, dentro das várias falanges de Pomba Giras, possa ter sido prostituta em sua ultima encarnação. Agora, não se pode generalizar todas por igual, apenas porque uma foi “mulher de rua”. E nem mesmo a que tenha sido, merece que a chamem assim, pois além de ser nossa irmã, está em outro grau de evolução que nós não estamos, e trabalha em prol da humanidade. Agora, como os seres humanos são peritos em distorcer e inverter as coisas que não entendem, facilmente encontramos em algumas casas de culto aos Orixás, em dias de ritual de “esquerda”, médiuns femininas completamente vestidas como prostitutas, ás vezes quase despidas. Não porque as suas Pomba Giras o tenham sido, mas sim pelo conceito errado que têm delas, e muitas vezes também, para extravasarem os seus próprios desejos íntimos, impressionando os menos esclarecidos com gracejos, malabarismos, convites imorais,e falando em baixo calão, aproveitando a imagem já criada.
Estes médiuns, tanto femininos como masculinos, são aquele tipo de gente que são desprovidos de qualquer qualidade nobre. São pessoas sem escrúpulos, moral ou ética e que se aproveitam da imagem distorcida de Exu e Pomba Gira, para exteriorizarem o seu verdadeiro “eu”. Em geral estas pessoas, acabam caindo no ridículo, ficando desacreditadas, e segundo a lei das afinidades, acabam sendo envoltas pelos obsessores, caindo em tormento por parte destes.
É certo que Pomba Gira costuma demonstrar alegria, falar como uma pessoa vivida, e dançar sensualmente. Mas não devem ser confundidas as coisas, pois ela lida com a sexualidade das pessoas presentes, para as descarregar do excesso desse tipo de energia, e não para se exibir ou para ser idolatrada.
A função das Pomba Giras está ligada á sensualidade, tentando direcionar as energias sexuais dos seres para a realização e a conquista de coisas nobres.
Como complemento do vigor e vitalidade irradiados por Exu, irradia o desejo nos seres. Além de irradiar o desejo sexual necessário e equilibrado, irradia também o desejo de ter uma vida melhor, de evolução, de prosperidade, de crescimento espiritual, e de todo o tipo de sentimentos virtuosos e nobres.
Como qualquer Exu, são também esgotadoras do carma e conhecedoras da magia. Incorporadas em seus médiuns, dão consultas e “passes”, tentando sempre ajudar quem as procura. Ganharam infelizmente, a fama de roubarem maridos e mulheres, e destruírem casamentos e uniões, para quem lhes peça e lhes pague. Ora, tal e qual como já afirmei, não vale a pena repetir novamente, quem são as entidades que aceitam esse tipo de trabalhos. Pomba Gira conhece sim, o coração e os sentimentos dos humanos, podendo ajudar a resolver problemas conjugais e sentimentais, mas sempre sem prejudicar quem quer que seja.
Tal como os Exus, usam a cor preta e vermelha. Seu símbolo é um tridente com os garfos em curvatura. E seu dia da semana consagrado, é tal como Exu, a segunda-feira. Têm também a função de guardiões da lei cármica. E em seus trabalhos, tal como os Exus, cortam demandas, desfazem trabalhos e feitiços de magia negra, e ajudam nos descarregos e desobsessões, retirando os espíritos obsessores e trevosos, encaminhando-os para a luz, ou para onde possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

               Imagem e texto extraidos do livro: " Orixás em poesia " de Paulo Lourenço (Ramiro de Kali) Copyright © 2008


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.