Pergunta:
Pai Antonio, o senhor poderia nos tecer algum comentário a respeito dos famosos
anúncios de amarrações amorosas utilizando-se do nome e da imagem dos sagrados
Orixás. Isso realmente funciona?
Pai Antônio: Meu
filho, que Oxóssi venha com sua força despertar as almas ainda enfermiças
vitima da ilusão ocasionada pela falta de informação.
Quando falamos a
respeito de AMARRAR, logo ligamos o verbo a PRENDER, tomando com base esta
informação perguntamos:
Quem é preso
realmente esta fazendo algo a mercê de sua vontade?
Infelizmente quando
encontramos nos atuais dias ainda filhos e filhas disponde de quantias
financeiras para pagarem para obter o amor alheio acreditando que a força
divina de um Orixá seja usada para tal feito, nosso coração chora, pois
infelizmente vemos a que grau de compreensão se movem algumas mentes humanas.
Quando abordamos a
questão da amarração filho, encontramos o que poderíamos chamar de “contra
parte” de cada elemento utilizado na mesma para gerar o famoso feitiço,
realizado claro não por um sacerdote, Pai ou Mãe do Segredo ou Dirigente, mas
sim, por um feiticeiro que tem habilidade na manipulação destas energias.
Levando em conta a
lei de afinidade onde semelhante atrai semelhante, percebemos a ligação de tais
feiticeiros a legião de espíritos ainda ignorantes em sua evolução, que nestes
casos aplicam o vampirismo energético e a manipulação mental sobre o obsedado,
mas principalmente aquele que incentiva esta prática.
Quanto a usar o nome
de Orixás para representarem amarrações amorosas, é chegar a condição de
réprobo perante a espiritualidade filho, pois encontramos em análise feita em
alguns filhos que vendem esta força divina a custa de dinheiro para suprir seus
caprichos materiais uma total ignorância de desconhecimento do sagrado.
Um Orixá, filho em
sua essência divina seria comparado a qualidade pura do Criador, perguntamos
filhos quem realmente conhece as qualidades de Deus?
No plano em que se
encontram reencarnados neste período de suas vidas, nenhum de vocês, meu filho,
conhecem, tendo somente uma leve ideia do que seriam os Orixás, associando-os a
lendas ainda somente lidas, mas pouco compreendidas.
A Umbanda tem como
meta esclarecer, orientar e direcionar dirigente, médium e simpatizante para
alinharem-se ao bom senso, mas enquanto ainda alguns caprichos pessoais forem
conduzidos dentro da Umbanda, acreditando-se que Orixás se prestam a favores
deste tipo, onde se polui uma cachoeira com comidas, flores e excessos de todos
os tipos acreditando que à Senhora do Amor Divino, representada na figura de
Oxum, vai lhe prestar alguma facilidade quebrando a regra divina do “a cada um
segundo as suas obras” é um ato de insanidade espiritual antes de mais nada.
Usar da roupagem de
um Pai ou Sacerdote do segredo como notamos em muitos filhos envolvidos por
vaidades pessoais, onde o dom de cada um se traduz pela roupagem externa com
cores berrantes, colares e demais itens apelatórios que somente convencem a
mente ligada aos cultos exteriores a barganharem com a pureza de um Orixá para
adquirirem favores no campo amoroso é um ato de desrespeito com as causas
maiores de Cristo, que nos ensinou a “fazer a outrem o que a nós gostaríamos
que nos fosse feito”(Matheus 7:12).
Vender e trair um dom
divino na vida de um Pai ou Mãe do segredo, filho repercutirá em uma pena
consciêncial após a desencarnação do mesmo, sob a lei e a justiça divina.
Buscar a ilusão da
ajuda nestes locais liga aquele que assim procedo a classe de espíritos
levianos que vivem de mentiras e alimentam as ilusões nos encarnados no desejo
de desviá-los de suas evoluções naturais.
Além de eleger-se
incapacitado na arte da conquista e apresentando traços de desequilíbrio moral
e mental, tais espíritos quando desencarnados vagam na escuridão de suas
próprias ilusões.
A Umbanda em seu
papel de espiritualizar cada criatura cumpre com o papel de orientar, e
orientação sem estudo é como um céu sem estrelas filho, não acontece desta
forma.
Na lei de causa e
efeito cada um deve compreender o momento do seu carma e saber que Deus o Pai
Maior na Umbanda, não dá fardos mais pesados que possamos carregar, nem tão
pouco cria penas enganosas. Tais penas são fruto de nossa irresponsabilidade
com as nossas próprias vidas e o sofrimento muitas vezes é o adubo para que
possamos no solo de nossas evoluções fortalecermos os dons da fé, da
resignação, mas acima de tudo da confiança na força soberana de Deus.
Dia virá em que tais
práticas não mais surtirão efeito nas mentes invigilantes, filho, até lá cumpre
o papel do povo de Umbanda comprometido com a caridade e o bom senso, fazer sua
parte que através de atos retos e comprometidos com o todo e não somente com
uma causa, façam acontecer a separação do joio do trigo.
Que Oxum, derrame sua
cachoeira de luz sobre meus filhos.
Ditado
por Pai Antônio das Almas
Canalizado
por Géro Maita
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