Seguidores dos Guardiões e Guardiães de Umbanda

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sacrifício de Animais na Umbanda




"O Caboclo das Sete Encruzilhadas nunca determinou o sacrifício de aves e animais, quer para homenagear entidades, quer para fortificar a minha mediunidade... Nunca recebi um centavo pelas curas praticadas pelos guias. O Caboclo abominava a retribuição monetária ao trabalho mediúnico. Não há ninguém que possa dizer, no decorrer destes 66 anos, que retribuiu uma cura (e foram aos milhares) com dinheiro."
ZÉLIO DE MORAES

Obs.: Zélio de Moraes faleceu no dia 03 de Setembro de 1975

*Qual vossa opinião sobre o sacrifício de animais na Umbanda?
RAMATÍS: a Umbanda não recorre aos sacrifícios de animais para assentamentos vibratórios dos Orixás e nem realiza ritos de iniciação para fortalecer o tônus mediúnico com sangue. Não tem nessa prática legítima de outros cultos, um dos seus recursos de oferta às divindades. A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda - assim como em outras religiões. Suas oferendas se diferenciam das demais por serem isentas de sacrifícios de animais pelo fato de preconizarem o amor universal e, acima de tudo, o exercício da caridade como reverência e troca energética junto aos Orixás e aos seus enviados, os guias espirituais. É incompatível ceifar uma vida e fazer a caridade, que é a essência do praticar amoroso que norteia a Umbanda do Espaço. Toda oferenda deve ser um mecanismo estimulador do respeito e união religiosa com o Divino, daí com os espíritos da natureza e dos animais - almas grupo-, que um dia encarnarão no ciclo hominal, assim como já fostes animal encarnado em outras épocas.

*E os dirigentes de centros que sacrificam em nome da Umbanda?
RAMATÍS: reconhecemos que na mistura de ritos existentes, se confundem o ser e o não ser umbandista. Observai a essência da Luz Divina - fazer a caridade - e sabereis separar o joio do trigo. Tal estado de coisa reflete a imaturidade e despreparo de alguns dirigentes que se iludem pela pressão de ter que oferecer o trabalho "forte". As exigências de quem paga a consulta e o trabalho espiritual e quer resultados "para ontem" acabam impondo um imediatismo que os conduz a adaptarem ritos de outros cultos ao seus terreiros. Na verdade há uma enorme profusão de rituais que naturalmente é confusa, refletindo o estado da consciência coletiva e o sistema de troca com o além estabelecido que viceja: o toma lá da cá. Toda vez que um médium aplica um rito em nome do Divino e sacrifica um animal, interfere num ciclo cósmico da natureza universal, causando um desequilíbrio, desde que interrompe artificialmente o "quantum" de vida que o espírito ainda teria que ocupar no vaso carnal, direito sagrado concedido pelo Pai. Pela Lei de Causa e Efeito, quanto maior seu entendimento da evolução espiritual - que inexoravelmente é diferente da compreensão do sacerdote tribal de antigamente -, ambição pelo ganho financeiro, vaidade e promoção pessoal, tanto maior será o seu carma a ser saldado, mesmo que isto aparentemente não seja percebido no momento presente. Dia chegará, que tais medianeiros terão que prestar contas aos verdadeiros e genuínos "zeladores" dos sítios sagrados da natureza que "materializam" os Orixás aos homens e oportunizam os ciclos cósmicos da vida espiritual - as reencarnações sucessivas das almas-grupo dos animais em vosso orbe.

Lembrai-vos que quanto maior a inteligência tanto maior pode ser a ambição no exercício do sacerdócio religioso. Aos que muito sabem e ambicionam, muito será cobrado pelos Orixás.

*E os que justificam o sacrifício animal como "inofensivo" dizendo que não causa nenhum carma negativo?
RAMATÍS: o carma coletivo que rege os movimentos ascensionais não se prende as crenças humanas e trata-se de lei universal. Vós que sois homens e caminham à angelitude tal qual os animais rumam a humanização gostaríeis de ter vossa garganta cortada e sangue vertido até a última gota entre ladainhas, campânulas e mantras que culminam num ápice com transe de possessão? Assim fazem com os animais que rumam para se humanizar. Mesmo que os irmãos menores do orbe sejam somente instintos, regem-nos uma Inteligência Superior que os leva a inexorável individualização, direito cósmico sagrado que os conduz ao encarnarem num corpo hominal. Quanto maior a consciência menor a ignorância das verdades cósmicas e mais amplos os débitos ou créditos na contabilidade sideral de cada cidadão. A finalidade superior das almas grupos e dos animais é não serem escravizados e cruelmente despedaçados pelos crentes religiosos que acabam bloqueando-lhes o direito sagrado de aquisição dos princípios rudimentares de inteligência pela convivência pacífica e amorosa com os humanos, experiência propiciatória para que paulatinamente formem os veículos – corpo astral e mental – para oportunamente virem a estagiar no ciclo encarnatório humanóide.

Reflitam os que matam os animais em nome dos Santos se gostaríeis que os Anjos para se tornarem arcanjos viessem vos cortar em pedaços e “chupar” vosso sangue para se saciarem nos páramos celestiais.

* Este texto faz parte dos livros "Diário Mediúnico" e "Mediunidade e Sacerdócio Editora do Conhecimento.

Fonte: Triângulo da Fraternidade

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.