Axé
a todos! Sem nenhuma conotação de superioridade me sinto uma pessoa muito
privilegiada. Vivencio com centenas e centenas de pessoas, espíritos e
situações diariamente, fato que me proporciona um intenso aprendizado, que
exige muita disciplina e muita capacidade de discernir.
Algumas
vezes consigo lidar bem com as situações, outras, ainda me perco dentro de
tantos deveres, obrigações, saberes e conduta.
No
entanto, procuro refletir sobre o porque de não conseguir ‘lidar com tal
situação’ e na maioria das vezes chego a mesma conclusão: o erro está no “olhar”.
No
Olhar para com o
outro, com o intangível, com o Além e com as possibilidades.
Percebo
que muitas vezes o Limite
do Olhar nos enraíza em determinadas situações deixando-nos às
avessas e cheios de indagações e inquietações.
Outro
dia ouvi uma Entidade Espiritual dizer que, metaforicamente, algumas vezes
parecemos “cães pulguentos, sarnentos e perebentos” de tanto que nos
maltratamos e nos cutucamos compulsivamente, de tanto que as pessoas se afastam
de nós, de tanto que contagiamos mal as outras pessoas.
Uma
metáfora provocante, não é mesmo?
Pois
bem, também ouço afirmativas do tipo: “a Umbanda não resolveu (ou não resolve)
meu problema”, “o Guia não ajudou em nada”, “o Guia prometeu, afirmou e não
aconteceu, o Guia errou!”, “faço tudo que me pedem e nada melhora”, “o que os
Guias falam nunca acontece” e assim por diante. Mas será que as pessoas que
fazem tais afirmativas não estão sendo como “cães pulguentos, sarnentos e
perebentos”? Será que sabem quem são? Que enxergam suas próprias condutas? Que
entendem o que é a Umbanda? Uma Entidade Espiritual? E quais suas funções,
obrigações e missões? Ou apenas ficam a espera do outro numa posição em que se
misturam vitimismo, agressividade, falta de reconhecimento e pouco Olhar.
Sim,
são muitas as situações. Mas percebo que as pessoas não compreendem a
complexidade que é o trabalho de uma Entidade Espiritual, a responsabilidade
que os envolvem e as inúmeras consequências que acarreta um “simples” ato, seja
no plano astral ou material. Não percebem as inesperadas reações que as
Entidades sofrem depois de uma ação adversa da própria pessoa que está sendo
auxiliada. Não entendem que muitas vezes as Entidades têm que mudarem de plano,
de estratégia ou mesmo, têm que recuarem demonstrando um verdadeiro ‘jogo de
cintura’ devido às atitudes incoerentes, erradas e inoportunas do próprio
necessitado que julgam o fracasso da Umbanda ou das Entidades.
Pior
ainda é perceber que muitas pessoas acham que a Umbanda ou os Guias Espirituais
têm obrigações perante aquela pessoa ou sofrimento, portanto devem, a todo
custo, resolver o problema e ponto final. Confundem drasticamente caridade com
troca e obrigação; amor com soluções mágicas e egoísmo; fraternidade com abuso
e comodismo; ou ainda a pessoa ou Entidade Espiritual bondosa com um ser
tolo e ignorante que é “levado” facilmente por qualquer situação, fala,
choro ou chantagem emocional.
Enfim,
reflexões, olhares, mudanças e muita persistência faz da Umbanda uma religião
grandiosa e realizadora.
A
fé, a dedicação, o trabalho e a disciplina fazem do umbandista uma pessoa de
crença e propícia às curas, sejam elas do espírito, da matéria, do coração ou
da vida.
Agora…
o Olhar Além, o Olhar do Bem, o Olhar para si e o Olhar das possibilidades da
vida é que fazem bem, que curam a alma e que nos permitem entendermos as
metáforas, simbologias, necessidades e os merecimentos da Vida.
Portanto,
a questão primordial aqui é entender que, quando a “Umbanda não resolve” ou
quando o “Guia não ajuda” estamos tendo uma grande oportunidade para MELHORAR
NOSSO OLHAR SOBRE A VIDA.
Por Mônica
Caraccio
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