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quarta-feira, 17 de abril de 2013

O “erro” é dos Homens e Não da Umbanda




Axé a todos! Sem nenhuma conotação de superioridade me sinto uma pessoa muito privilegiada. Vivencio com centenas e centenas de pessoas, espíritos e situações diariamente, fato que me proporciona um intenso aprendizado, que exige muita disciplina e muita capacidade de discernir.

Algumas vezes consigo lidar bem com as situações, outras, ainda me perco dentro de tantos deveres, obrigações, saberes e conduta.

No entanto, procuro refletir sobre o porque de não conseguir ‘lidar com tal situação’ e na maioria das vezes chego a mesma conclusão: o erro está no “olhar”.

No Olhar para com o outro, com o intangível, com o Além e com as possibilidades.

Percebo que muitas vezes o Limite do Olhar nos enraíza em determinadas situações deixando-nos às avessas e cheios de indagações e inquietações.

Outro dia ouvi uma Entidade Espiritual dizer que, metaforicamente, algumas vezes parecemos “cães pulguentos, sarnentos e perebentos” de tanto que nos maltratamos e nos cutucamos compulsivamente, de tanto que as pessoas se afastam de nós, de tanto que contagiamos mal as outras pessoas.

Uma metáfora provocante, não é mesmo?

Pois bem, também ouço afirmativas do tipo: “a Umbanda não resolveu (ou não resolve) meu problema”, “o Guia não ajudou em nada”, “o Guia prometeu, afirmou e não aconteceu, o Guia errou!”, “faço tudo que me pedem e nada melhora”, “o que os Guias falam nunca acontece” e assim por diante. Mas será que as pessoas que fazem tais afirmativas não estão sendo como “cães pulguentos, sarnentos e perebentos”? Será que sabem quem são? Que enxergam suas próprias condutas? Que entendem o que é a Umbanda? Uma Entidade Espiritual? E quais suas funções, obrigações e missões? Ou apenas ficam a espera do outro numa posição em que se misturam vitimismo, agressividade, falta de reconhecimento e pouco Olhar.

Sim, são muitas as situações. Mas percebo que as pessoas não compreendem a complexidade que é o trabalho de uma Entidade Espiritual, a responsabilidade que os envolvem e as inúmeras consequências que acarreta um “simples” ato, seja no plano astral ou material. Não percebem as inesperadas reações que as Entidades sofrem depois de uma ação adversa da própria pessoa que está sendo auxiliada. Não entendem que muitas vezes as Entidades têm que mudarem de plano, de estratégia ou mesmo, têm que recuarem demonstrando um verdadeiro ‘jogo de cintura’ devido às atitudes incoerentes, erradas e inoportunas do próprio necessitado que julgam o fracasso da Umbanda ou das Entidades.

Pior ainda é perceber que muitas pessoas acham que a Umbanda ou os Guias Espirituais têm obrigações perante aquela pessoa ou sofrimento, portanto devem, a todo custo, resolver o problema e ponto final. Confundem drasticamente caridade com troca e obrigação; amor com soluções mágicas e egoísmo; fraternidade com abuso e comodismo; ou ainda a pessoa ou Entidade Espiritual bondosa com um ser tolo e ignorante que é “levado” facilmente por qualquer situação, fala, choro ou chantagem emocional.

Enfim, reflexões, olhares, mudanças e muita persistência faz da Umbanda uma religião grandiosa e realizadora.

A fé, a dedicação, o trabalho e a disciplina fazem do umbandista uma pessoa de crença e propícia às curas, sejam elas do espírito, da matéria, do coração ou da vida.

Agora… o Olhar Além, o Olhar do Bem, o Olhar para si e o Olhar das possibilidades da vida é que fazem bem, que curam a alma e que nos permitem entendermos as metáforas, simbologias, necessidades e os merecimentos da Vida.

Portanto, a questão primordial aqui é entender que, quando a “Umbanda não resolve” ou quando o “Guia não ajuda” estamos tendo uma grande oportunidade para MELHORAR NOSSO OLHAR SOBRE A VIDA.

Por Mônica Caraccio

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“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.