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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pombogiras e Exus





Vamos começar a entender esse mistério pegando pela sua função. Se observarmos, seja onde for, os Exus e Pombogiras são os guardiões, aqueles que estão na porta de entrada, no portão, guardando e zelando pelos locais sagrados, seja no terreiro, seja no campo santo, etc. Outra função em que todos concordam é de que eles são conduzidos, subordinados aos Orixás, que são os agentes kármicos, e que são os grandes responsáveis pela manipulação da matéria, e assim senhores da magia, sem eles não se pode fazer nada.

Com essas funções seria possível pensarmos em seres demoníacos? Você entregaria o cuidado de sua casa para aquele que é o chefe da quadrilha de ladrões? Você aceitaria que um bandido guardasse seu filho? Você deixaria que aquele que infringe a lei maior assumisse a responsabilidade de guardar teu lar?

Se nós que somos tão imperfeitos jamais aceitaríamos algo assim, como pode Deus, os Orixás e os grandes Guias da Umbanda, necessitar de fazer acordos com aquele que representa o lado oposto de tudo que pregam e lutam? Deus daria a chave do céu, dos seus locais sagrados a aquele que um dia quis tomar seu lugar (mitologicamente falando)?

Será possível acreditar que quem tomará conta de um local que existe para fazer a caridade, para elevar a moralidade e ascender espíritos rumo ao caminho de luz de Jesus, seja cuidado e guardado por aquele que combate e odeia o amor e a caridade, aquele que apenas se felicita com o mal?

A resposta a essas perguntas por esses que não compreendem o verdadeiro Exu é de que enquanto pagarem e agradarem aquele Exu ele cuidará de seu terreiro, que só acontecerá alguma coisa se ele não fizer direitinho o que eles pedem. Isso não te lembra a máfia, o crime organizado o tráfico de drogas que pede pedágio para os comerciantes de algumas regiões para não serem assaltados? E se alguém pagar mais, eles continuam fiéis? Deus precisa disso para proteger alguém ou algum lugar? E onde fica a vibração, o orai e vigiai? Você não escolheria alguém mais confiável, mais fiel entre seus soldados para guardar tua família?

Ficando claro que é impossível racionalmente entender Exu e Pombogira como uma entidade malévola, por ser contrário ao próprio princípio de sua existência, passamos a entendê-los melhor.

São os Exus e Pombogiras que vão resgatar nos abismos os nossos irmãos que estão vagando pelo vale de trevas e sombras. São eles que vão enfrentar os sacerdotes do sub-mundo astral, para que parem de praticar atos contra a Lei Maior. São eles que freiam as atividades do baixo astral. São eles que aprisionam e começam a educação dos espíritos afeitos à maldade. São eles que convivem nas sombras (Umbral) e trevas para salvar, resgatar, irmãos que a espiritualidade maior decide.

São aqueles que seguindo a máxima divina que Deus ama a todos de igual forma, abrem mão de sua possibilidade de habitarem paragens mais leves, e optam por estarem entre os mais necessitados, aqueles a quem ninguém quer por perto para exercerem o amor de Deus. São aqueles em que a lei divina encontra instrumento para a sua execução.

Assim nossos queridos Exus e Pombogiras são espíritos extremamente elevados espiritualmente, podem nunca mais precisar reencarnar, poderiam optar em estar em outros mundos muito mais evoluídos e livres de tanto mal, mas por amor, por servidão a Lei de Deus, a Lei de Umbanda, optaram em salvar esses espíritos desgarrados.

Exus e Pombogiras são autônomos entre si, não estão subordinados e podem estar prontos para qualquer trabalho. Existem alguns tipos de demandas mais fáceis para uns e outros para outros. O Exu representa o masculino, a força universal masculina e a Pombagira a força universal feminina. Essa é a diferença entre os dois agentes mágicos.

Exu e Pombagira, aqueles que caminham na luz mesmo trabalhando nas sombras.

Laroiê Exu! Laroiê Pombogira! Exu é Mojubá!


Texto extraído do site do T.U.L.A.P.

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“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.